sábado, 2 de novembro de 2024

POIROT: BIGODES & BENGALA - O Obtuário de Hercule Poirot

 


C’EST  FINI



David Suchet como Hercule Poirot


Em 15 de outubro de 1975 foi publicado “Cai o Pano” (Curtain). Ao chegarmos ao final de mais este caso do grande detetive, Hercule Poirot, recebemos a triste notícia de que sua hora havia chegado e ele faleceu.

Curiosamente, 2 meses antes do lançamento do livro, em 6 de agosto do mesmo ano, um obituário de página inteira a ele dedicado foi publicado no jornal estadunidense “The New York Times”, tamanha a importância do personagem criado por Agatha Christie, como uma bela homenagem póstuma.

Foi a primeira vez que um personagem de ficção ganhou tamanha honra no jornal!




Na manchete do “The New York Times lia-se:


Hercule Poirot Morreu

Famoso Detective Belga; Hercule Poirot, o Detetive, Morre.

 

Diz o artigo em seu 1º parágrafo:

"Hercule Poirot, o detective belga que ficou internacionalmente famoso, faleceu na Inglaterra. Sua idade era desconhecida. A notícia de sua morte, informada por Dame Agatha, não chegou a ser uma surpresa."

 



Junto com o artigo, foi também publicado um retrato de Hercule Poirot, que fora pintado pelo britânico W. Smithson Broadhead (1888-1960) para a revista “The Sketch” em 1923.

O curioso é que Agatha escreveu “Cai o Pano” em meados da década de 1940, cerca de 30 anos antes, mantendo o original guardado em um cofre de banco para futura publicação.

Apesar de se tratar do falecimento de uma das figuras mais queridas e cultuadas da literatura mundial, não se pode negar o bom humor por trás da iniciativa do jornal estadunidense. De igual modo é incontestável o imenso prestígio com o qual contava Hercule Poirot, que atravessou fronteiras, e, junto com ele, o reconhecimento da genialidade de sua criadora, Agatha Christie.

 


sábado, 26 de outubro de 2024

CRIMES & CULINÁRIA - TUPPENCE RECOMENDA: CURE O STRESS COM PÊSSEGOS MELBA

 

TUPPENCE  RECOMENDA:  CURE  O  STRESS  COM  PÊSSEGOS  MELBA


 



Uma das sobremesas mais simples, porém, mais deliciosas que eu já comi são os Pêssegos Melba, a favorita de Tuppence Cowley (ainda não havia se casado com Tommy Baresford) em “O Inimigo Secreto”. E o melhor: recomendada pelos médicos, como ela diz:

 

“Para esse tipo de perturbação mental, um médico eminente recomenda uso ilimitado de hors d’oevvre, lagosta à l’américaine, frango à Neuburg e pêssegos Melba! Vamos nos regalar!”

 



 

A sobremesa Pêche Melba foi criada pelo chef George Auguste Escoffier, chef do hotel Savoy, em Londres, em homenagem à cantora de ópera australiana, Nellie Melba, que se hospedava no hotel quando de suas temporadas em Convent Garden. Como nos conta a própria Nellie em sua autobiografia Melodies and Memories:

 

“Chegou um pequeno prato de prata que foi descoberto diante de mim com uma mensagem de que o Sr. Escoffier o havia preparado especialmente para mim. Assim como Eva provou a primeira maçã, eu provei o primeiro Pêssego Melba.”

 





 

A sobremesa tornou-se tão popular que cada chef ou cozinheiro queria dar seu próprio toque especial, surgido, assim, muitas versões. Reza a lenda que o próprio Escoffier ficava irritadíssimo com as alterações à receita original, e por isso chegou a publicar em seu livro de receitas sua versão, a qual, segundo ele, era perfeita.

 



 

Sendo assim, vamos a ela, nas palavras do chef Escoffier!

 

Os pêssegos:

- Escolha 6 pêssegos Montreuil perfeitamente maduros;

- branqueie os pêssegos por 2 segundos em água fervente;

- remova-os imediatamente e coloque-os em água gelada por alguns segundos;

- descasque-os e os coloque em uma travessa;

-  polvilhe-os com açúcar e guarde na geladeira.

 

Os cremes:

- Bata um litro de sorvete de baunilha para ficar bem cremoso e reserve.

- Passe 250 gramas de framboesas maduras em uma peneira fina para formar um purê;

- acrescente 150 gramas de açúcar e refrigere.

 

Montagem:

- Em uma travessa, faça uma cama com o sorvete;

- coloque os pêssegos e cubra com o purê de framboesas.

 

Opcional:

- Durante a temporada de amêndoas, acrescente algumas lâminas no topo, mas jamais use amêndoas secas.

















sábado, 19 de outubro de 2024

Poirot: Bigodes & Bengala - POIROT: CONSELHEIRO SENTIMENTAL (??!!)


COMO POIROT PODE SALVAR SEU CASAMENTO


Não, queridos leitores, não se trata de uma piada – a princípio. Nem tão pouco de uma nova seção de autoajuda nesta revista-blog, não se preocupem!

Estava eu fazendo umas pesquisas na net quando me deparo subitamente com um artigo publicado no Dailymail on line (link ao final) com o título acima. Pelos bigodes de Poirot, o que será que eles estão inventando agora?!!


UM MANUAL PARA OS CASADOS E ATRELADOS

David Suchet como Hercule Poirot

Sabemos que Hercule Poirot, o famoso detetive belga criado por Agatha Christie, é frio e imparcial diante dos criminosos que enfrenta, mas, por outro lado, fica com o coração mole e age com simpatia e até ternura diante dos apaixonados, muitas vezes ajudando-os a se entenderem com seus amados.

O artigo escrito por Kerry Hiatt, porém, não menciona nada sobre isso. Trata na verdade do livro intitulado Marriage Rules: A Manual For The Married And Coupled Up (Regras para o Casamento: Um Manual para os Casados e Atrelados), Gotham Books, escrito pela Drª Harriet Lerner, e que apresenta 100 regras detalhadas de como reanimar e provocar uma mudança em um casamento que está desgastado pela rotina e pelos problemas cotidianos.

Conforme argumenta a Drª Lerner:
Basta um membro do casal para provocar uma mudança positiva na relação. Mas o modo mais rápido para acabar com um casamento é ficar esperando que o outro mude a si mesmo. (Hum, até que faz sentido...)
Assim, a articulista decidiu pinçar cinco entre as 100 regras e colocá-las em prática em seu próprio relacionamento, para depois escrever o artigo com suas experiências a respeito. As regras que escolheu foram:

Cuidado: alerta de machismo e ideias antiquadas!

1) Só faça 1 crítica ao seu marido por dia – ninguém gosta de ser constantemente criticado;

2) Fale menos: a regra das 3 frases – os homens não gostam muito de falar;

3) Esbanje elogios a ele e lave os pratos – não espere que ele ajude sempre com as prendas domésticas;

4) Malhe em ferro frio – discutir assuntos tensos quando os ânimos estão calmos;

5) Finja que vocês tem um convidado no quarto de hóspedes.


Ok, ok, mas, o que Hercule Poirot tem a ver com tudo isso??

Resposta: para Kerry Hiatt, a regra n° 5 só funcionou direito quando ela imaginou que o convidado dormindo no quarto ao lado era o Poirot!


UN É POUCO, DEUX É BOM, TROIS É MELHOR!

David Suchet como Hercule Poirot

De acordo com a Drª Lerner, os membros de um casal podem tratar a moça do caixa do supermercado ou o frentista muito melhor do que tratam seus pares. Da mesma forma, quando têm visitas em casa, tendem a ser mais respeitosos e até amorosos um com o outro. De qualquer forma, eles não querem que o convidado presencie uma cena constrangedora ou que descubra que eles não vivem em um mar de rosas.

Assim, Kerry Hiatt relata que usou diferentes personagens, mas somente quando imaginou que Hercule Poirot estava dormindo no quarto ao lado, a regra deu certo. O que o detetive belga iria pensar se a escutasse discutindo com o marido sobre bobagens?

Eu acredito que ele certamente ficaria muito irritado. Além disso, mesmo sendo extremamente educado, também sabe ser firme e direto, e com certeza, iria lhe passar uma compostura qualquer que a deixaria morrendo de vergonha! Poirot tem muita experiência em lidar com as mais diferentes pessoas e conhece muito bem a natureza humana, mas também não tem muito apreço por tolices e coisas que levam à desarmonia ou à desorganização – ainda que sejam no nível emocional.


MON DIEU, VOCÊ ESTÁ ME FAZENDO PERDER O MEU PRECIOSO TEMPO, MON AMI!

David Suchet como Hercule Poirot

Agora, outra coisa na qual eu também acredito é que Hercule Poirot, inteligentíssimo e ocupado como é, ficaria ainda mais irritado ao perceber imediatamente que aquele título do artigo publicado no Dailymail on line utilizando o seu famoso nome nada mais foi do que uma esperta jogada de marketing!

Tudo para aguçar a curiosidade das pessoas que o admiram – como eu e você – e para que interrompêssemos o que estávamos fazendo só para lê-lo. E pior! - para fazer com que eu não resista a tentação de gastar ainda mais células cinzentas escrevendo este artigo sobre aquele outro e submetendo-o a vocês, meus queridos leitores desta revista blog!

Pardon s’il vous plait, mês amis!

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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Curiosidades - AS DEDICATÓRIAS DE AGATHA CHRISTIE



Quem foram as pessoas - e outros seres -  a quem a 

Rainha do Crime dedicou suas obras?



Agatha Christie e Peter, seu cão Terrier


Eu sempre fico muito curiosa em saber quem é aquela pessoa a quem um escritor dedica sua obra, qual sua relação com o escritor, por que ele o teria escolhido. Afinal – e os leitores hão de concordar comigo – um livro é como um filho. Dedicar uma obra a alguém é quase como escolher os padrinhos para seu filho ou algo que o valha, é tornar pública e eternizada na impressão do livro a admiração, o respeito ou a importância de alguém em algum momento de nossa vida.

Em vista disso, eu me pergunto: quem foram as pessoas importantes na vida de Agatha Christie a ponto de ela dedicar-lhes uma de suas obras?

Conheçam algumas curiosidades a respeito dessas pessoas e reveladas através das dedicatórias de Agatha Christie:


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A AVENTURA DO PUDIM DE NATAL E OUTRAS ESTÓRIAS


Dedico este livro à memória de Abney Hall - a sua bondade e sua hospitalidade. E um feliz Natal para todos os que lerem este livro.


Abney Hall era a casa da família Watts, a qual Madge, irmã de Agatha, passou a pertencer através de seu casamento. Agatha tinha boas lembranças de comemorações de Natal as quais havia passado lá.



A CASA DO PENHASCO


Para Eden Phillpotts. A quem eu serei sempre grata por sua amizade e encorajamento a mim dados anos atrás.

Eden Phillpotts (1862-1960) foi um poeta e romancista, e o primeiro profissional a dar preciosos conselhos à Agatha, após ter lido alguns de seus trabalhos ainda não publicados.



A EXTRAVAGÂNCIA DO MORTO


Para  Humphrey e Peggie Trevelyan

Agatha e seu marido Max eram amigos dos Trevelyans. Baron Trevelyan e Max foram colegas de faculdade, e mais tarde, Trevelyan foi diretor do Museu Britânico e Max foi curador do museu na mesma época



A MALDIÇÃO DO ESPELHO


Para Margaret Rutherford, com admiração


Margaret Rutherford como Miss Marple



Margaret Rutherford foi uma das atrizes que interpretou Miss Marple, em quatro filmes, entre 1961 e 1964. O curioso é que Agatha admirava Rutherford como atriz, mas simplesmente odiava a Miss Marple que ela fez!




A MANSÃO HOLLOW


Para Larry e Danae, com desculpas por ter usado sua piscina como cena de um assassinato

Larry era na verdade o ator Francis L. Sullivan, que representou Hercule Poirot na 1ª encenação de Black Coffe, em 1930, e Danae era sua esposa. Eles se tornaram amigos de Agatha e Max, e a piscina de sua casa foi retratada por Agatha em A Mansão Hollow.




A MORTE DA SRª MCGINTY


Para Peter Saunders, em agradecimento por sua gentileza com os escritores

Peter Saunders foi o produtor teatral que produziu várias peças baseadas na obra de Agatha Christie, como a de imenso sucesso até hoje A Ratoeira, além de A Mansão Hollow, Testemunha de Acusação, Cartas na Mesa.




A NOITE DAS BRUXAS


Para P. G. Wodehouse – cujos livros e estorias abrilhantaram minha vida por muitos anos. Também para demonstrar meu prazer em ele ter sido tão gentil ao dizer que apreciava meus livros.



P. G. Wodehouse


P. G. Wodhouse (1881-1975) era autor de estórias cômicas, tendo criado o mordomo Jeeves e seu ajudante estúpido, Bertie Wooster



ASSASSINATO NA CASA DO PASTOR


Para Rosalind

Rosalind Christie Prichard Hicks era a filha de Agatha, nascida em 1919.




ASSASSINATO NA MESOPOTÂMIA


Para meus muitos amigos arqueólogos no Iraque e na Síria.




ASSASSINATO NO CAMPO DE GOLFE



Para meu marido, um grande entusiasta das estórias de detetive, e com quem eu estou em divida por tanta ajuda com conselhos e criticas.


Agatha e Archie Christie eram então grandes entusiastas do golfe, o qual praticavam regularmente nos finais de semana em East Croydon.




ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE


Para  M. E. L. M. Arpachiyah, 1933.


M. E. L. M. são as iniciais de Max Edgar Lucien Mallowan, seu segundo marido e com quem ficou casada até falecer, em 1976.




CEM GRAMAS DE CENTEIO


Para Bruce Ingram, que gostou e publicou meu primeiro conto.


Bruce Ingram era o editor do jornal ilustrado The Sketch, onde foram publicados, entre outros, os contos estrelando Poirot, e os quais seriam reunidos mais tarde no livro Poirot Investiga.




CIPRETE TRISTE


Para Peter e Peggy McLeod.

Doutor McLeod era o diretor do hospital em Mosul, na Siria, e sua esposa, médica no mesmo hospital. Eles enviaram seus filhos para ficarem hospedados com Agatha e Max em torquay durante a Blitz de Londres (bombardeios estratégicos das tropas alemães durante a 2ª guerra mundial).




CONVITE PARA UM HOMICÍDIO


Para Raiph e Anne Newman, em cuja casa eu experimentei pela primeira vez o Delicious Death!



Foto oficial do bolo Delicious Death


Delicious Death é o nome do bolo especialmente criada por uma renomada chef  para homenagear Agatha Christie. No livro, também é o nome do bolo de chocolate assado para o aniversário de Dora Bunner. 

Saiba tudo sobre o Delicious Death, sua criação, a receita, fotos, no artigo: http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2013/06/noticias-novidades-2-delicioso-de-morrer.html




DEPOIS DO FUNERAL


Para James, em memória dos dias felizes em Abney.


James é o sobrinho de Agatha, filho de sua irmã Madge e Abney Hall era a casa onde Madge e seu marido James Watts foram morar depois do casamento. Agatha passou vários Natais lá, desde a idade de 12 anos, e frequentava a casa mais tarde com sua filha Rosalind.




É FACIL MATAR


Para Rosalind e Susan, as primeiras críticas deste livro.


Rosalind era a filha de Agatha e Susan North era sua melhor amiga.




E NO FINAL A MORTE


Para Stephen R. K. Glanville. Foi você que originalmente me sugeriu a ideia de uma estória de detetive ambientada no Egito antigo, e se não fosse por sua ajuda ativa e encorajamento, este livro jamais teria sido escrito. Quero dizer aqui o quanto eu apreciei todos os livros interessantes os quais você me emprestou e gostaria de agradecer mais uma vez pela paciência com a qual você respondeu minhas perguntas e pelo tempo que gastou e pelo trabalho que teve. O prazer e o interesse que escrever este livro me trouxe você já sabe.


Dr. Glanville era um renomado egiptologista, amigo intimo de Max Mallowan, segundo marido de Agatha.




MARCO ZERO


Para Robert Graves. Como você é gentil o bastante para dizer que gosta de minhas estórias, eu lhe dedico este livro. Tudo que eu peço é que você deve restringir severamente suas faculdades críticas (sem dúvida aguçadas por seus excessos recentes na escrita!) quando lê-lo. Esta é uma estória para o seu prazer e não um candidato para o pelourinho literário de Mr. Graves!


Robert Graves, ensaísta e romancista, tornou-se amigo de Agatha quando foram vizinhos durante a 2ª guerra mundial, e gostava do trabalho da escritora, embora também fosse bastante severo com o trabalho dela algumas vezes.




MORTE NO NILO


Para Sybil Burnett, que também ama passear pelo mundo.


Sybil, esposa de Sir Chales Burnett, conheceu Agatha durante sua segunda visita ao Oriente Médio, quando Agatha conheceu também Max Mallowan.




MISTÉRIO NO CARIBE


Para John Cruikshank Rose, com lembranças felizes de minha viagem às Índias Ocidentais.


John Rose era um velho amigo de Agatha e Max, desde a época em que Max trabalhava no sitio arqueológico de Ur.




NÊMESIS


Para Daphne Honeybone.


Daphne Honey bone foi secretária particular de Agatha por anos e continuou como secretária de Max após a morte de Agatha.




NOITE SEM FIM


Para Nora Prichard, de quem ouvi pela primeira vez a lenda do Acre do Cigano.


Nora Prichard era a avó paterna de Mathew, neto de Agatha.




O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD


Para Punkie, que gosta de uma estoria de detectives ortodoxa, assassinato, investigação e eas supeitas recaindo sobre todo mundo, um de cada vez.



Madge em quadro pintado por N.H.J. Baird


Punkie era o apelido da irmã de Agatha, Madge.




O HOMEM DO TERNO MARROM


Para E. A. B em memória de uma viagem, algumas estórias de leão, e um pedido que eu deveria algum dia escrever “O Mistério do Moinho!"


E. A. B são as iniciais do Major Ernest Belcher, um ex professor de Archie Christie, marido de Agatha, e com quem o casal fez uma longa viagem pelo mundo. Belcher insistiu para que Agatha o usasse como personagem em seu próximo projeto, e ele é representado por Pedler, que, como disse Agatha,  utilizava várias das frases de Belcher e contava algumas das estórias dele.




O INIMIGO SECRETO


Para todos aqueles que levam uma vida monótona, na esperança de que possam vivenciar em segunda mão as maravilhas e perigos da aventura.




O MISTÉRIO DE SITTAFORD


Para M. E. M., com quem discuti o enredo deste livro, para o espanto daqueles ao nosso redor.


M. E. L. M. são as iniciais de Max Edgar Lucien Mallowan, o segundo marido de Agatha Christie.




O MISTÉRIO DO TREM AZUL


Para Dois Membros Distintos do O. F. D., Carlotta e Peter.


O. F. D. são as iniciais de Order of the Faithful Dogs ou Ordem dos Cães Fieis. Foi uma criação de Agatha e de Carlotta Fisher, sua secretária, para amigos fieis, sendo que Peter era o cão da raça Terrier de Agatha. O curioso é que elas também criaram outra ordem: Order of the Faithless Rats ou Ordem dos Ratos Infiéis, para seus inimigos.




O MISTERIOSO CASO DE STYLES


Para minha mãe.


Agatha Christie e sua mãe, Clarissa Margaret Miller, chamada carinhosamente de Clara, eram muito próximas, sendo a Clara uma grande incentivadora de que sua filha escrevesse.




O MISTERIOSO SENHOR QUIN


Para Harlequin O Invisível.


Pintura de Pablo Picasso: Paul vestido de Arlequim 


Esta foi a única vez que Agatha dedicou um livro a um personagem de ficção, o Arlequin, personagem da obra italiana Commedia dell'Arte



O NATAL DE POIROT


Para Jmes Watts. Você sempre foi um dos meus leitores mais fieis e gentis, e por isso eu fique seriamente perturbada quando recebi de você palavras de crítica.


James Watts era o marido de Madge, irmã de Agatha.




O SEGREDO DE CHIMNEYS


Para meu sobrinho em memória de uma inscrição em Compton Castle e um dia no zoológico.


James Watts Junior, apelidado de Jack, era o sobrinho de Agatha Christie, filho de sua irmã Madge e seu marido, James Watts. O interessante é que Jack era pouca coisa mais novo que Agatha, uma vez que Madge se casou muito jovem.

Há algumas publicações de O Segredo de Chimneys nas quais consta uma dedicatória para Punkie. Esta seria a própria irmã de Agatha, Madge.




OS CINCO PORQUINHOS


Para Stephen Glanville.


Stephen Ranulph Kingdon Glanville era um professor de egiptologia e amigo de Agatha e Max.



OS CRIMES A B C


Para James Watts, um dos meus leitores mais simpáticos.


James Watts era o marido de Madge, irmã de Agatha.




OS RELÓGIOS


Para meu velho amigo Mario com lembranças felizes da deliciosa refeição no Caprice.


Acredita-se que Mario seria Mario Gallati, proprietário do restaurante, mas trata-se apenas de uma suposição.




OS TRABALHOS DE HERCULE


Para Edmund Cork, cujos trabalhos em favor de Hercule Poirot eu aprecio profundamente, dedico este livro com afeto.


Edmund Cork era o agente literário de Agatha na Hughes Massie, Ltd.



OS TREZE PROBLEMAS


Para Leonard e Katharine Wooley.


Agatha conheceu o casal quando visitou as ruínas de Ur, em 1928.




POR QUE NÃO PEDIRAM A EVANS?


Para Christopher Mallock em memória a Hinds.


Christopher Mallock fazia parte do Cockington Court, clube de tênis de Torquay, e Hinds são uma referência às colinas do campo de golfe.




POIROT PERDE UMA CLIENTE


Para o querido Peter, o mais fiel dos amigos e o mais querido companheiro, um cão em mil.

Peter era o cão Terrier de Agatha.




PORTAL DO DESTINO


Para Hannibal e seu senhor.


Hannibal seria assim


Hannibal era o cão Terrier do casal Tommy e Tuppence Baresford na estória. Hannibal da estória representava Treacle, o cão Terrier de Agatha e Max, embora alguns aleguem que o nome do cachorro de Agatha e Max fosse Bingo.




PUNIÇÃO PARA A INOCÊNCIA


Para Billy Collins, com afeto e gratidão.


William Collins, Jr, era o chefe do editor de Agatha, William Collins Sons & Co.



TREZE À MESA


Para Dr. Campbell Thompson e sua esposa.


Reginald Campbell Thompson e sua esposa Barbara eram amigos de Agatha e Max desde a época em que Max trabalhava nas escavações no Egito.




UM DESTINO IGNORADO


Para Anthony, que aprecia viagens internacionais tanto como eu.


Anthony Hicks foi o segundo marido de Rosalind, filha de Agatha.




UM PRESSENTIMENTO FUNESTO


Para os muitos leitores neste e em outros paises que me escrevem perguntando: “O que aconteceu com Tommy e Tuppence? O que eles estão fazendo agora?” Meus melhores votos a todos vocês, e espero que gostem de encontrar Tommy e Tuppence novamente, mais velhos, porém com mesmo espírito!.