ANIVERSÁRIO DE AGATHA CHRISTIE
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DESAFIOS PARA OS FÃS COMEMORAREM!
Esfinge de Tebas |
“Decifra-me ou te
devoro!” – Era assim que a Esfinge de Tebas – não confundir com aquela outra
esfinge na Pirâmide de Gisé, no Egito, em forma de um leão deitado –
apresentava seu desafio em forma de charada. Vários haviam tentado e como
tinham errado, morreram estrangulados. Só por curiosidade, a palavra esfinge deriva da palavra grega sphingo, que significa justamente estrangular.
A charada da Esfinge de Tebas dizia o seguinte: Que criatura tem quatro pés de manhã, dois
ao meio-dia e três à tarde? Mas Édipo acertou finalmente: “É o ser humano!
Engatinha quando bebê, anda sobre dois pés quando adulto e recorre a uma
bengala quando na velhice”.
Agatha Christie utilizava diversos temas mitológicos em suas
obras (Dá só uma olhada na seção Curtindo
a Obra de Agatha Christie, onde eu mostro várias deles). Agatha também era
apaixonada por arqueologia e morou muito tempo no Oriente Médio, em companhia
de seu marido, Max Mallowan, convivendo e participando de escavações.
Em homenagem ao amor que Agatha Christie nutria pela
arqueologia e pelo mundo antigo, para o 4º jogo dos 125 desafios, eu bolei um
enigma no melhor estilo da Esfinge de Tebas: um poema que parece confuso a
princípio, mas cuja resolução não poderia ser mais simples! Ah, e quanto àquela
parte do estrangulamento, vamos deixá-lo para os livros de nossa Rainha...
Desenho com os personagens de E Não Sobrou Nenhum |
4º JOGO – DECIFRA-ME! (MAS NÃO TE DEVORO)
Não contém spoiler – fique tranquilo!
Seu desafio: abaixo
há um poema de 26 versos (o qual vamos considerar como sendo os desafios de nº 76
a 101). Nele, estão ocultos os nomes de três pessoas ou personagens obviamente
ligados à Agatha Christie. Será que você é capaz de descobri-los?
Epístola
Em uma tarde chuvosa e fria
Inverno úmido, em casa à toa
Tomava um chá quente e perfumado
Soprando de leve a bebida à boca.
Indagava a si mesma em pensamento
Relativo a um livro, por um breve momento.
Horas de ócio num passado vazio
Com prazer languido jogada no sofá
Almofadas ajeitadas, conforto macio.
Hoje ficarei em casa, decidira sorridente
Tenho pouco a fazer, sorriu contente
Agora, ler um livro, isso dá prazer.
Gosto pelo mistério, estórias detetivescas
A emoção tranquila de se surpreender.
Todas as vezes, nunca o final é ideal
Os personagens como no mundo real
Revelam-se sempre surpreendentes
Inimigos ocultos, mistérios por toda parte
Os amigos que agem falsamente
Pensamos que o que lemos de fato
É aquilo mesmo que vemos tão claro.
Ledo engano, nada é o que parece!
Pois nos preparam armadilhas vis.
Riem e folgam daquele que padece
Às vezes, por ironia ou escárnio, uma pista:
Melhor iniciais como uma lista!
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SOLUÇÃO:
Como disse, semelhante ao Enigma da Esfinge de Tebas, a
solução para esta charada é muito mais simples do que parece!
Em 1º lugar, o título do poema: Epístola, que significa letra em grego. Afinal, o tema – a lenda
da Esfinge de Tebas - é da mitologia
grega. Logo, as letras são a 1ª pista.
Em 2º lugar, os dois últimos versos dizem tudo quase que claramente:
Às
vezes, por ironia ou escárnio, uma pista:
Melhor
iniciais como uma lista!
Como aponta o verso, a pista está na última linha. Portanto, esta é a pista: somente as iniciais dos versos do poema devem ser
lidas como a uma lista, ou seja, uma após a outra. Assim, teremos:
E
I
T
S
I
R
H
C
A
H
T
A
G
A
T
O
R
I
O
P
E
L
P
R
A
M
Não decifrou ainda quem são os três personagens / pessoas?
Então
leia novamente, mas desta vez, de baixo para cima. Afinal, nada nos livros de
Agatha Christie é bem o que parece – e aqui também!
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