Crimes,
mistérios, pães e omeletes.
Todos sabemos que Agatha Christie, além de escritora de
livros de crimes e mistérios, era também mãe, avó, esposa, filha, enfim, uma
mulher de seu tempo. E, como tal, ela também cozinhava. Mais do que isso: ela
adorava cozinhar! E era fã de pratos simples, especialmente pães e omeletes.
É o que nos conta Stefania Aphel Barzini, autora do
recém-lançado A Cozinha das Escritoras (Editora
Benvirá). No livro, a pesquisadora italiana percorre a cozinha e os hábitos culinários
de 10 escritoras famosas, analisando não somente suas biografias, mas
também suas obras literárias, onde encontrou traços de suas experiências cotidianas
com a comida. O livro apresenta 10 biografias curtas que focam a relação dessas
mulheres com a cozinha e as questão emocionais e femininas ligadas à comida. Ao
lado de Virginia Woolf, Gertrude Stein e Simone de Beauvoir, lá consta também Agatha
Christie e seus hábitos à mesa.
DIGERINDO os PROBLEMAS da VIDA
Agatha Christie na cozinha |
Stefania Barzini nos conta que Agatha Christie, em 1901 quando seu pai faleceu, ela, que ainda era uma menina, não foi ao funeral, mas passou o dia na cozinha ajudando a criada da família a preparar o jantar - enquanto ela própria digeria toda aquela situação. A pesquisadora nos revela que além de cozinhar, Agatha Christie também apreciava muito comer. Basta verificar em sua Autobiografia quantas linhas dedicadas à descrição de guloseimas e quitutes. Selecionei este:
Ainda
recordo os objetos
encantadores que havia
para comprar. Comida, por
exemplo. Havia pequeninos
pratos de papelão com
frango assado, ovos e presunto,
um bolo de casamento, um pernil de carneiro, maçãs e
laranjas, peixe, doces, pudim de ameixas.
Ela buscava conforto na comida, que lhe fazia feliz e também lhe servia de inspiração. Além das famosas maçãs, Agatha Christie gostava de manter uma xícara de creme de leite por perto enquanto trabalhava em um livro.
Bem, a comida faz mesmo muita gente feliz – a mim inclusive!
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