sábado, 1 de agosto de 2015

Agatha & História - VOVÓ e a ARQUEOLOGIA




Mathew Prichard, neto de Agatha Christie, escreve sobre sua Nima, ou vovozinha, em inglês. 

 

Agatha Christie em família, com Mathew de joelhos à frente.


Mathew Prichard, o neto de Agatha Chrsite, publicou uma série de artigos no site oficial dedicado à obra de sua avó, relembrando eventos familiares, falando de fatos interessantes e compartilhando conosco curiosidades acerca de Agatha e de seus livros.

Ele a chamava carinhosamente de vovozinha, ou Nima, em inglês, e é exatamente assim que Mathew continua se referindo à Agatha em seus textos. Eu traduzi Nima como Vovó. Então, vamos a mais uma história interessante sobre a nossa querida Vovó:


 
Max Mallowan, Agatha Christie e Leonard Woolley em Ur, 1931


INSPIRADA  PELA  ARQUEOLOGIA

Por Mathew Prichard


Encontro com a Morte e Morte na Mesopotâmia foram criados a partir dos arredores das próprias escavações arqueológicas. O primeiro é baseado [na cidade de] Petra e foi apelidado de Rose Red Murder [O Assassinato Vermelho Rosa], e o segundo gira em torno [da cidade de] Chagar Bazar e [da cidade de] Ur. Ambos os livros contêm muitos personagens vagamente baseados nos amigos de Vovó e Max e nos ajudantes arqueológicos de Max, e, aparentemente, os livros, quando eles apareceram, foram avidamente analisados pelos participantes. Morte na Mesopotâmia é de fato dedicado a "meus muitos amigos arqueológicos no Iraque e na Síria". Nem todos ficaram satisfeitos, mas não se sabe se isso foi porque as pessoas em insatisfeitas foram ou deixaram de ser caracterizadas nos livros!


Agatha Christie em meio às escavações arqueológicas


Sem dúvida, a tour de force [façanha] entre os escritos orientais de vovó foi E no final a morte  (escrito em 1943 quando eu nasci!). Esta é uma história ambientada no antigo Egito com personagens antigos egípcios e é sóbria e introspectiva, com uma família que cai desordem quando Imhotep, um padre viúvo e um rico agricultor da antiga Tebas, importa uma nova e inteiramente maléfica concubina chamada Nofret. O livro é cheio de assassinatos violentos, envenenamentos  astuciosos e intrigas. Ele apresenta uma pesquisa impecável, realizada com a ajuda de um velho amigo de Max chamado Stephen Glanville, e é particularmente inteligente porque, embora haja autenticidade o bastante para transportar o leitor de forma convincente de volta a antiga Tebas, a intriga e o enredo certamente não estariam deslocados no século XX. Sem Hercule Poirot nem Miss Marple, este livro nunca foi famoso, nem vendeu rapidamente, mas eu acho que é uma das melhores realizações de Vovó.




Mathew Prichard


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