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terça-feira, 12 de março de 2019

Livros & Entrelinhas - UMA BOA DOSE DE AMOR





O ROMANCE ESTÁ NO AR


Todos já devem ter percebido que Agatha Christie é, no fundo, uma pessoa romântica! Em vários de seus livros temos algum tipo de romance: sejam romances felizes como aqueles com pessoas que se apaixonam ao longo da estória, casais que já são apaixonados ou que foram muito apaixonados, seja o amor não correspondido e, portanto, personagens desiludidos ou tristes, mas, ainda assim, amor.

Para celebrar este doce sentimento que nos deixa com a cabeça nas nuvens ou com borboletas no estômago, o site oficial da escritora (link ao final) fez um seleção de estórias nas quais o romance é quase tão delicioso quanto o mistério e o perigo.



PERSONAGENS:

TOMMY  E  TUPPENCE
O  CASAL  ETERNAMENTE  APAIXONADO



David Walliams (Tommy) e Jessice Raine (Tuppence)


Espere espiões internacionais, duas guerras mundiais, assassinatos e roubos, enquanto Tommy e Tuppence descobrem a aventura em cada esquina. Tuppence lidera o caminho com sua natureza carismática, enquanto a maneira lenta e ponderada de Tommy fornece o papel perfeito. Juntos eles formam a “Jovem Aventureiros Ltda.”

O casal mais famoso de Christie começa suas aventuras em 1922 em “O Inimigo Secreto”, o segundo romance publicado por Christie. Ao longo de 50 anos, Tommy e Tuppence aparecem em mais três romances e uma coleção de contos. Eles são os únicos personagens de Christie que envelhecem em tempo real, começando sua jornada com o casamento na década de 1920, nós viajamos com eles para a aposentadoria em “Portal do Destino”, em 1973.





A  PEÇA  TEATRAL:

AMOR  DE  UM  ESTRANHO



Justin Avoth (Michael Lawrence) e Helen Bradbury (Cecily Harrington) em peça dirigida por Lucy Bailey


Cecily Harrington se comportou bem, trabalhou duro e esperou cinco anos para se casar com seu noivo Nigel. E agora ela ganhou muito em um sorteio. O retorno de Nigel do Sudão não vai de acordo com o planejado, já que Cecily encontrou um charmoso solteiro, Bruce Lovell. Determinada em busca de uma aventura própria, Cecily e Bruce iniciam um romance vertiginoso e mudam-se para um chalé remoto, longe da família e dos amigos. Mas quanto ela realmente sabe sobre seu novo marido?

A peça, adaptada por Frank Vosper, está agora disponível em Samuel French como parte da “The Collection”.





A  COLETÂNEA  DE  CONTOS:

O  MISTERIOSO  SR.  QUIN






“Havia sido uma festa típica de Ano Novo. Mas, à medida que a meia-noite se aproxima, o Sr. Satterthwaite – um atento observador da natureza humana – sente que o verdadeiro drama da noite ainda está por se desdobrar. E isso prova quando um misterioso estranho bate na porta.”

Conheça o par incomum, Sr. Quin e Sr. Satterthwaite, em 12 contos. Com sua previsão aparentemente sobrenatural, o Sr. Quin lidera Satterthwaite enquanto ele resolve brigas, casos de amor e um ocasional assassinato! O novo amigo do Sr. Satterthwaite é um enigma. Ao longo deste livro, ele parece surgir e sumir quase como um truque da luz. Na verdade, a única coisa consistente sobre ele é que sua presença é sempre um presságio – às vezes bom, mas às vezes mortal.





O  LIVRO:

A  MANSÃO  HOLLOW



David Suchet (Poirot) e Megan Dodds (Henrietta Savernake)


Hercule Poirot foi convidado para almoçar. A prolífica anfitriã Lady Angkatell tem vários visitantes de fim de semana, mas está preocupada com a lista de convidados. Haverá o doutor John Christow e sua esposa Gerda, seu primo Midge vai ficar, e David Angkatell é de Oxford (ou é Cambridge?). Além disso, Edward, o herdeiro, Veronica, a atriz, e Henrietta, a escultora (ela geralmente causa uma agitação), e o famoso detetive, Hercule Poirot. Uma cena de crime é encenada em honra de Poirot, mas a vítima simulada infelizmente perde a vida de verdade. Suas últimas palavras quando a arma cai na piscina? "Henrietta" ...

The Hollow é um assassinato em uma casa de campo com ligações românticas em seu coração.





O  CONTO:

THE  MANHOOD  OF  EDWARD  ROBINSON
(A  MASCULINIDADE  DE  EDWARD  ROBINSON)







O sensato Edward Robinson sonha secretamente com carros velozes, mulheres aventureiras e perigos, mas sua noiva, Maud, acredita no bom senso. Quando Edward ganha algum dinheiro em uma competição de jornal, ele secretamente compra o carro elegante de seus sonhos: "Ficou para ele por romance, por aventura, por todas as coisas que ele ansiava e nunca teve." A aventura segue rapidamente, pois ele está envolvido em escândalos da alta sociedade que o levam a uma transformação significativa.

A história é uma ode ao automóvel, que Christie confessou em sua autobiografia foi uma das duas coisas que mais a entusiasmaram em sua vida – ela tinha um Morris Cowley. Este conto apresenta em The Listerdale Mystery (Reino Unido), e The Golden Ball e outras histórias (EUA).





O  PSEUDÔNIMO:

MARY  WESTMACOTT




Agatha Christie publicou seis romances sob o pseudônimo Mary Westmacott. A ideia surgiu do desejo de Christie de "escrever algo diferente de uma história de detetive". Seriam 15 anos após a publicação de seu primeiro romance de Westmacott, “Giant's Bread” (1930), que sua identidade foi revelada. Examinando crimes do coração, essas histórias exploram os laços familiares, amor e paixão, infância e maternidade / paternidade, perda e indiscrição.

A filha de Agatha Christie, Rosalind Hicks, disse o seguinte sobre os romances: "Eles não são 'histórias de amor' no sentido geral do termo, e eles certamente não têm finais felizes. Eles são, eu acredito, sobre o amor em alguns de seus mais formas poderosas e destrutivas ".



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Site oficial de Agatha Christie:

https://www.agathachristie.com/news/2019/a-dose-of-romance-with-agatha-christie




quinta-feira, 7 de junho de 2018

Entre Aspas "." - O PRIMEIRO AMOR DE AGATHA


"PARECE  QUE  CAMINHAMOS  NAS  NUVENS!"





“Parece que caminhamos nas nuvens, sustentadas por esse amor”, confessou Agatha Christie ao nos contar sobre sua primeira paixão por um rapaz. 

De um modo ao mesmo tempo doce e divertido, nossa Rainha do Crime nos brinda com estas deliciosas memórias de sua infância, extraídas de sua Autobiografia.


*  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *  *


Aos quatro anos de idade, apaixonei-me. Foi uma terrível, maravilhosa experiência. O objeto de minha paixão era um jovem oficial de Dartmouth, amigo de meu irmão. De olhos azuis e cabelos louros, atraía todos os meus instintos românticos. Ele não fazia a menor ideia das emoções que provocava.

Olimpicamente desinteressado da menininha irmã de seu amigo Monty, provavelmente teria respondido, se lhe perguntassem a esse respeito, que eu não gostava dele. O excesso de emoção fazia com que me dirigisse para o lado oposto quando o via chegar e, quando sentada à mesa, mantinha meu rosto resolutamente virado para outra direção. Minha mãe repreendia-me gentilmente. “Sei que você é encabulada, queridinha, mas deve procurar ser cortês. É tão mal-educada, virando o rosto a Philip o tempo todo e apenas resmungando quando ele fala com você! Mesmo que não goste dele, tem que ser polida!”

Não gostar dele! Quão pouco sabiam a meu respeito! Quando hoje em dia penso nisso, revejo a felicidade que pode provocar um amor infantil. É um amor sem exigências, que não reclama nada, nem uma palavra sequer! É pura adoração. PARECE QUE CAMINHAMOS NAS NUVENS, SUSTENTADAS POR ESSE AMOR, criando em nossas mentes ocasiões em que poderemos servir heroicamente à pessoa adorada.

Por exemplo: tratá-lo se ele ficar com peste. Salvá-lo de um incêndio. Servir-lhe de escudo a uma bala fatal. Qualquer situação que, em qualquer história do nosso conhecimento, suscitasse nossa imaginação.

Essas histórias imaginárias não terminam bem. Nelas se morre queimado, baleado, ou se sucumbe à peste. O herói jamais percebe o sacrifício supremo que se fez por ele. Eu ficava por vezes sentada na nursery, brincando com Tony, com uma aparência solene e severa, enquanto em minha mente fervilhavam, numa exaltação gloriosa, fantasias extravagantes.


Os meses passaram. Philip foi promovido a aspirante de marinha e deixou o Britannia. Durante algum tempo, a imagem dele ainda persistiu, mas já começava a definhar. O amor desvaneceu-se para reaparecer três anos mais tarde, quando eu amava sem esperanças um capitão do exército, alto e moreno, que cortejava minha irmã.


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Entre Aspas "." - AMOR EM TEMPOS DE GUERRA



UM  SÓ  SOLDADO,  TRÊS  AMORES!




Especial: Dia dos Namorados



Quando trabalhava como enfermeira voluntária durante a Guerra, Agatha Christie passou por situações muito difíceis. 

Todavia, ainda assim, ao escrever sua biografia, ela manteve o bom humor e a ironia sofisticada, como nesta passagem bem divertida:





Agatha Christie como enfermeira






Autobiografia

Quinta Parte: A guerra





Recordo-me de um sargento, de rosto sério, cujas cartas de amor eu fui escrever. Ele não sabia ler nem escrever. Disse-me resumidamente o que queria que eu escrevesse.

 – Assim está muito bem, enfermeira – dizia, acenando com a cabeça quando eu lia o que escrevera. – Agora escreva em triplicado, sim.

– Em triplicado?! – perguntei.

– Sim – disse ele. – Uma para a Nellie, uma para a Jessie e outra para a Margareth.


 

sábado, 13 de junho de 2015

PERSONAGENS que também AMAMOS - O AMOR de TOMMY & TUPPENCE


COMO  NASCEU  O  AMOR  DOS   ÚNICOS  DETETIVES   CASADOS  – E APAIXONADOS – DE  AGATHA  CHISTIE




Especial:  DIA dos NAMORADOS



Francesca Annis como Tuppence e James Warwick como Tommy


Eu simplesmente adoro Tommy e Tuppence! As estórias são leves, despretensiosas, repletas de aventuras – e de romance! Elas estão recheadas de sutis declarações de amor de um pelo outro, daqueles breves momentos de cumplicidade e admiração mútua que somente os casais que se amam de verdade podem compartilhar.


Tommy e Tuppence são os únicos detetives criados por Agatha Christie que são casados, e, ainda por cima, trabalham juntos. Os leitores vão acompanhando o desenrolar de suas vidas, o amadurecimento, os filhos e novas responsabilidades, todavia, ainda muito apaixonados um pelo outro tanto quanto pela aventura e pelo mistério. E tudo em apenas 5 romances e uma coleção de contos: O Inimigo Secreto; N ou M?; Um Pressentimento Funesto; Portal do Destino; Sócios no Crime.


No artigo Tommy e Tuppence: opostos que se atraem (http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2013/07/last-but-not-least-os-outros-que-tambem.html ), apontei para diferença na personalidade dos dois: ela, dinâmica e ousada, ele, racional e prudente, mas que, justamente por isso, se complementam e formam um par romântico adorável.


Mas eles não começam sua estória já casados: primeiro se reencontram, passam um tempo juntos, se apaixonam e decidem se casar. Sendo assim, como tudo começou?




COMO   SE   CONHECERAM   E  SE  APAIXONARAM 



Jessica Raine como Tuppence e David Walliams como Tommy


Tommy e Tuppence haviam se conhecido quando criança, mas perderam o contato completamente durante o conflito mundial. A jovem Prudence Cowley, conhecida como Tuppence, abandonou os encantos (e o lufa-lufa) da vida doméstica no começo da guerra e veio para Londres, onde se empregou num hospital para oficiais, como ela mesma relata em O Inimigo Secreto. Já o jovem Thomas Baresford, ou Tommy, seguia a carreira militar como tenente, tendo viajado para a França, para a Mesopotâmia e para o Egito, até ser dispensado.


Um belo dia, pouco depois do fim da 1ª guerra mundial, na estação do metrô na Dover Street, Tuppence dá de cara com seu velho amigo Tommy:


-Tommy!
-Tuppence!
Os dois jovens cumprimentaram-se com efusão e, por instantes, interromperam o trânsito à saída da estação de Dover Street.
-Há séculos que não a vejo - prosseguiu o rapaz.


Era uma época difícil, como sempre é após o fim de uma guerra, e os empregos estavam difíceis, como nos conta o próprio Tommy:


E durante dez longos e fatigantes meses tenho andado à cata de emprego! Não há empregos de espécie alguma! E mesmo que houvesse não seriam para mim. Que valho eu? Que entendo eu de negócios? Nada!


Para Tuppence, as coisas também não estavam fáceis depois do da guerra:


Já resisti o mais que pude. Bati a muitas portas. Respondi a anúncios. Tentei toda a sorte de expedientes. Poupei, economizei, comprimi. De nada valeu. Vou regressar à casa do meu pai.


Ela tem então a ideia de juntos fundarem uma firma de investigações, ou algo parecido, denominada Jovens Aventureiros Ltda. O inusitado anúncio de seu novo negócio dizia:


Prontos para fazer qualquer coisa. Ir a qualquer lugar. Nenhuma oferta razoável será recusada.


Os dois acabam se envolvendo em uma perigosa e misteriosa trama de espionagem, correndo riscos juntos e tudo o mais.




CASAMENTO:   UM   DIVERTIMENTO  ESPANTOSAMENTE   BOM!



Sarah Punshon como Tuppence e Johann Hari como Tommy


Começam como bons amigos que, embora com personalidades bem distintas, possuem interesses em comum. E, o melhor: bons amigos que muito se admiram mutuamente. Então, é claro que se apaixonam!


Querida! - Exclamou Tommy, apertando-a nos braços. (...) Você não pode deixar de casar comigo.


O casamento foi só uma questão de tempo. E até sobre esse assunto, Agatha nos brinda com certo humor e leveza através do diálogo entre Tuppence e Tommy:


(Tuppence) - Dão ao casamento toda a sorte de denominações: um abrigo, um refúgio, uma coroa de glória, um estado de servidão e inúmeras outras. Mas sabe o que penso que seja o casamento ?
- O quê?
- Que é um divertimento!
- E um divertimento espantosamente bom! disse Tommy





E  VIVERAM  FELIZES  E  SE  DIVERTINDO  PARA  SEMPRE!



Jessica Raine como Tuppence e David Walliams como Tommy


As aventuras de Tommy e Tuppence não se destinam apenas aos leitores que buscam pura e simplesmente estórias de mistério e investigação. São para aqueles leitores que, além das estórias de mistério, também nutrem o gosto pelas estórias divertidas e com uma pitada de romance.



Afinal, bem que se pode afirmar que Tommy e Tuppence  se casaram e viveram felizes para sempre – como deve ser ao final de toda estória essencialmente romântica.