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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

CRIMES & CULINÁRIA - OS SUSPIROS DE SRA OLIVER

 

OS  SUSPIROS  DE  SRA  OLIVER

 


O merengue, sobremesa deliciosa, feita com ingredientes incrivelmente simples, não poderia ter recebido um nome melhor em português: suspiro. Pois é de se suspirar mesmo diante dela e mais ainda ao saboreá-la. E Sra. Oliver que o diga! Merengue é sua sobremesa favorita, como se constata nesta passagem de “Os Elefantes Não Esquecem”:

 

“Sra. Oliver estava na sobremesa, suspirando de satisfação, enquanto saboreava o merengue da torta de limão. Ela adorava merengues, principalmente depois de um almoço tão maravilhoso. (...) Portanto, foi com enorme satisfação que ela deu a última garfada na deliciosa sobremesa.”

 



Além daquele suspiro simples, pequeno e branquinho, crocante por fora e feito a base de claras de ovos batidas, há uma variedade de outros, muitas vezes mais cremosos e recheados com os mais variados sabores.

 

Como tudo que é bom pode ser melhorado, escolhi para nossa seção dedicada às guloseimas que aparecem nos livros de Agatha uma receita de suspiro um pouco mais incrementada do que aquela tradicional da vovó. Eu já fiz e garanto que fica divino!

 

 


Merengues com creme de baunilha e mascarpone e coalhada de limão

Tempo de preparo: 30 minutos


INGREDIENTES

Para o merengue:

2 claras de ovos grandes e frescas

110 g de açúcar refinado dourado

açúcar de confeiteiro para polvilhar

 

Para o recheio:

1 x 250 potes de mascarpone, gelado

1 colher de chá de extrato de baunilha puro extrato de baunilha

1 x 200 g de fromage frais francês natural

1 colher de sobremesa cheia de açúcar refinado dourado

 

Para a coalhada de limão:

raspas e suco de 1½ limão grande

110 g de açúcar refinado dourado

3 ovos grandes

75 g de manteiga em bloco

 

PREPARO

Para os merengues, coloque as claras em uma tigela grande e limpa e bata até formar picos firmes. É muito importante, no entanto, não bater demais as claras porque, se fizer isso, elas começarão a desmoronar. Comece a bater o açúcar, cerca de uma colher de sopa de cada vez, batendo após cada adição até que todo o açúcar esteja dentro. Coloque 8 colheres de sobremesa cheias da mistura na assadeira preparada, espaçando-as uniformemente. Em seguida, usando as costas da colher ou uma pequena espátula, esvazie os centros. Não se preocupe se eles não tiverem todos o mesmo formato. Em seguida, coloque-os na prateleira central do forno e deixe-os por 30 minutos. Depois disso, desligue o forno e deixe os suspiros secarem no calor do forno até que esteja completamente frio (geralmente cerca de 4 horas).

 

Enquanto os suspiros estão cozinhando, faça o creme de limão: coloque as raspas de limão raladas e o açúcar em uma tigela, bata o suco de limão junto com os ovos e despeje sobre o açúcar. Em seguida, adicione a manteiga cortada em pedaços pequenos e coloque a tigela sobre uma panela com água quase fervendo (certificando-se de que a tigela não toque na água). Bata de vez em quando até engrossar, o que deve levar cerca de 20 minutos. Depois, deixe esfriar.

 

MONTAGEM

Quando estiver pronto para servir os suspiros (ou até 20 minutos antes), bata os ingredientes do recheio juntos. Coloque uma pequena porção de recheio em cada prato e cubra com um suspiro (isso ajudará os suspiros a ficarem no lugar). Depois, divida o creme de limão entre os suspiros e cubra cada um com uma porção generosa do recheio.

Finalize polvilhando açúcar de confeiteiro.





segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Poirot: Bigodes & Bengala - OS COLABORADORES DE POIROT



  AO  LADO  DE  TODO  GRANDE  DETETIVE  
HÁ  SEMPRE  GRANDES  AMIGOS!  



Da esquerda para a direita: 
Pauline Moran (como Miss Lemon); Hugh Fraser (como Cap. Hastings); David Suchet (como Hercule Poirot); Philip Jackson (como Inspetor Japp)



Que Hercule Poirot é um gênio ninguém duvida! Mas, como qualquer herói, também o detetive belga precisou muito da ajuda de amigos, colegas e de outras pessoas para resolver seus casos misteriosos. Fosse para de fato lhe trazerem dados preciosos, fosse para tão somente testemunharem as elucubrações de suas células cinzentas, os colaboradores de Poirot desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento das tramas. Afinal, acompanhar o raciocínio de um gênio não é tarefa fácil! Especialmente em se tratando de um gênio cheio de excentricidades como Poirot.



   CAPITÃO ARTHUR HASTINGS   


Hugh Fraser (como Cap. Hastings) e David Suchet (como Hercule Poirot)



Quando pensamos em “amigos ajudantes” de Hercule Poirot, o 1º nome que nos vem à mente é o do Capitão Arthur Hastings. Afinal, amigos de longa data, os dois participam de muitas aventuras lado a lado, investigando e solucionando crimes. O Cap. Hastings é, inclusive, o narrador de vários casos de Poirot: 8 romances e 26 contos, para ser mais exata, incluindo, é claro, o mais comovente de todos: o último caso de Hercule Poirot, Cai o Pano.

Por vezes incomodado com as esquisitices do amigo, outras confuso com a rapidez de seu pensamento, todavia, sempre, sempre surpreso com o brilhantismo com o qual resolve os casos mais intrincados, Hastings tornou-se mais que um auxiliar de Poirot: foi seu melhor amigo, sem dúvidas. A principal contribuição de Hastings no processo de resolução dos casos foi uma das mais complexas: ainda que involuntariamente, ao provocar o raciocínio do amigo através de suas deduções quase sempre erradas, Hastings auxilia Poirot em seu processo de dedução lógica e, assim, a chegar a conclusões corretas. Deste modo, através de seus enganos, Hastings colaborou muito para os acertos de Poirot.


Outros artigos sobre Cap. Hastings nesta blogazine:

* Cap. Hastings: um grande romântico
* Cap. Hastings: um gentleman muito charmoso


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   FELICITY  LEMON   



David Suchet (como Hercule Poirot) e Pauline Moran (como Miss Lemon)


Quem tem um(a) secretário(a) sabe: nossa vida seria caótica sem ele(a)! Felicity Lemon, que fora secretária do detetive Parke Pine antes de servir o detetive belga (saiba mais no link abaixo), não poderia ser mais perfeita para Poirot! Muito metódica e apaixonada por organização, ela almejava criar o sistema perfeito de arquivo. E qualquer pessoa que seja metódica, organizada e que busque a perfeição em qualquer coisa torna-se automaticamente um ajudante perfeito para Poirot.

Descrita como um bocado de ossos que foram reunidos aleatoriamente, Miss Lemon também era considerada nos livros como inacreditavelmente feia e incrivelmente eficiente. Na série Poirot, da BBC, ela não era assim tão feia – pelo contrário! A atriz Pauline Moran estava sempre bela e elegante (confira no link abaixo). Todavia, a parte da eficiência foi repetida no seriado com exatidão. Reunião de informações úteis para Poirot, pequenas investigações e outras tantas tarefas desempenhadas com perfeição auxiliaram bastante o detetive em seu trabalho.


Outros artigos sobre Miss Lemon nesta blogazine:

* O maravilhoso guarda-roupa de Miss Lemon:

* Eficiência = Miss Lemon:


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   INSPETOR  JAPP   


Philip Jackson (como Inspetor Japp) e David Suchet (como Hercule Poirot)


Uma relação de mútua admiração, mas também de mútua irritação: por um lado, o membro da Scotland Yard acusa Poirot de “gostar de dificultar as coisas” durante as investigações, por outro, o detetive acusa Japp de ser “um homem sem método”. Mas o fato é que Poirot e Japp se conhecem há anos e chegaram a trabalhar juntos ainda na época em que Poirot integrava a polícia belga. Eles se reencontram no 1º caso de Poirot, O Misterioso Caso em Styles, e depois novamente em algumas histórias e contos.

Descrito como um homem prático, eficiente, de rosto afiado, que faz lembrar o ferrão de um inseto, James Japp esteve ao lado de Poirot na investigação de vários crimes, desempenhando seu papel como representante da Scotland Yard, e suas contribuições com informações e atos policiais foram fundamentais para que o detetive solucionasse os casos.

Mais sobre o Inspetor Japp nesta blogazine:

* 9 Rápidos Fatos sobre o Inspetor Japp:


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   MRS.  OLIVER   


David Suchet (como Hercule Poirot) e Zoe Wanamaker (como Mrs. Oliver)


Com seus “ombros largos”, “cabelos grisalhos e rebeldes” e completamente viciada em maçãs, Ariadne Oliver é uma escritora de romances policiais de sucesso. Grande amiga de Poirot, por mais que esta pareça ser uma amizade inusitada, Mrs. Oliver acredita fortemente na intuição feminina, em detrimento das células cinzentas e da racionalidade do amigo detetive, o que o deixa perplexo por vezes, por outras confuso e por outras mais, contrariado.

Seja como for, juntos, ainda que com abordagens e métodos diferentes, eles se envolvem em diversas aventuras ligadas a crimes e mistérios e os resolvem a contento.


Outros artigos sobre Mrs. Oliver nesta blogazine:

* Mrs. Oliver seria a própria Agatha Christie?

* Ariadne conta tudo! (parte 1) Sobre: a arte de escrever e a construção de personagens.

* Ariadne conta tudo! (parte 2) Sobre: assassinos, assassinatos e suas vítimas.

* Ariadne conta tudo! (parte 3) Sobre pessoas.

* Ariadne conta tudo! (parte 4) Sobre a timidez de Agatha Christie.



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   GEORGE, O VALETE   


David Yelland (como George) e David Suchet (como Hercule Poirot)


George, ou Georges, como Poirot o chamava, não é um mordomo – ele é o seu valete: aquele empregado masculino cuja função é a de servir exclusivamente ao seu senhor em tarefas como cuidar de suas vestimentas, objetos pessoais e toalete, de suas refeições, sua correspondência e de outros assuntos pessoais. Contratado por Poirot logo que Miss Lemon deixou de ser sua secretária e o Cap. Hastings se mudou para a Argentina, George ficou ao lado do detetive até o fim de sua vida.

Alto, cadavérico e sem demonstrar qualquer emoção, George era o típico empregado inglês de alto nível. Esnobe, ele possuía bom conhecimento acerca da aristocracia britânica, fornecendo importantes informações para Poirot a respeito de seus modos e hábitos (afinal, Poirot era belga). O detetive também apreciava muito o dom que George possuía de descrever as pessoas com precisão.


Outros artigos sobre George nesta blogazine:

* George: a culpa não é do mordomo!



segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

PERSONAGENS que também AMAMOS – ARIADNE CONTA TUDO (parte 4) sobre a TIMIDEZ DE AGATHA CHRISTIE





RECEIOS  E  CONSTRANGIMENTOS  DE  AGATHA



caricatura de Agatha Christie


CARACTERÍSTICAS   DA  PERSONALIDADE  
DE   AGATHA   CHRISTIE  



Criei a série Ariadne Conta Tudo inspirada fato de vários estudiosos acreditarem que a personagem Mrs. Ariadne Oliver, uma famosa escritora de romances de mistério, criadora de um detetive idolatrado pelos fãs, mas do qual ela se cansa às vezes, e adoradora de maçãs, seria, na verdade, uma personagem autobiográfica. Assim, através das descrições e das próprias falas de Mrs. Oliver, vamos identificando possíveis confissões de Agatha sobre si mesma, seus sentimentos e pensamentos.

Nesta 4ª parte da série, podemos identificar alguns dos famosos traços da personalidade de Agatha Christie projetados em Mrs. Oliver. É o caso de sua irremediável timidez, de seu temor em falar em público ou das perguntas constrangedoras dos repórteres e dos fãs, e o encabulamento diante de elogios inesperados. 

Porém, apesar de tudo isso, podemos também  constatar definições de si mesma, feitas de forma sensata e precisa, revelando como Agatha identificava sua autoimagem.


Obs.: veja as partes 1, 2 e 3 de ARIADNE CONTA TUDO em: 

parte 1- http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2014/09/o-metodo-christie-as-confissoes-veladas.html  

parte 2 - http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2015/02/o-metodo-christie-o-que-possivelmente.html  

parte 3 - http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2015/10/last-but-not-least-ariadne-conta-tudo.html  




ENCONTRAR-SE  COM  PÚBLICO



A Terceira Moça

Há as pessoas que me vêm dizer coisas — que adoraram meus livros, que estavam loucas de vontade de me conhecer — eu fico logo encabulada, sentindo-me tão boba...



Os Elefantes não Esquecem

Até esta altura do almoço a Sra. Oliver achou que tudo ia correndo muito bem. Chegara o momento de servir o café, na sala ao lado, para que os convidados tivessem oportunidade de conversar com outras pessoas. Ma sabia que este era o momento perigoso, pois fatalmente seria atacada pelos fãs. Atacada frontalmente pela torrente de elogios que não saberia como agradecer, nem responder.


Ex.: — Preciso lhe dizer quanto aprecio seus livros e que pessoa maravilhosa a senhora deve ser. Resposta: (da autora encabulada): — Muito obrigada! Continuação do ataque: — Há meses quero conhecê-la! Resposta: — Ora, muito obrigada! E assim por diante. Como se ninguém tivesse coragem de inventar uma outra frase, ou como se a autora fosse incapaz de pensar noutra coisa que não fosse nos seus livros! 


A Sra. Oliver invejava os autores que sabiam responder a esses tipos de elogios, mas infelizmente não era o seu caso.



A Morte da Srª McGynty

— Estou encantada em conhecê-la, Sra. Oliver — disse ela. — Eu imagino que a senhora detesta as pessoas que falam sobre os seus livros, mas eles têm sido um imenso conforto para mim nos últimos anos — e especialmente depois que eu fiquei assim inválida.

— E muito gentil de sua parte — disse a Sra. Oliver, parecendo encabulada e torcendo as mãos com jeito de menina de escola.





FALAR   EM   PÚBLICO



 
Zoe Wanamaker como Mrs. Oliver



Os Elefantes não Esquecem

— Nesse almoço a senhora vai ter que fazer algum discurso?

— Eu? — perguntou horrorizada a Sra. Oliver. — Claro que não. Você sabe que eu nunca faço discursos!

— Eu pensei que os homenageados fossem obrigados a falar. A senhora não vai ser uma das homenageadas?

— Vou, mas não vou precisar fazer discurso — respondeu enfática a Sra. Oliver. — Outras pessoas, que acham graça nisso, farão discursos e dirão coisas bem mais interessantes do que eu seria capaz de dizer.

— Não acredito. Se a senhora quisesse poderia fazer um discurso brilhante... — Não é verdade. Sei o que posso e o que não posso fazer. Falar em público não é meu forte. Eu ficaria nervosa e certamente começaria a gaguejar e a repetir as mesmas coisas. Me sentiria como uma idiota! Com a palavra escrita é outra coisa. A gente escreve ou dita e elas se encaixam e saem maravilhosas...

— Espero que tudo corra bem. Vai ter muita gente?

— Sim — respondeu a Sra. Oliver deprimida. — Muita gente!



A Extravagância do Morto

É esplêndido que tenha me telefonado - disse. - Eu estava saindo para fazer uma palestra sobre Como escrevo meus livros. Agora posso mandar minha secretária ligar e dizer que estou presa por um

compromisso inadiável.

Mas Madame, não deve deixar que eu impeça...

Não é caso de impedir disse a Sra. Oliver alegremente. Eu iria bancar uma completa idiota. Quero dizer, o que se pode falar a respeito de como se escrevem livros? Primeiro, a pessoa tem de pensar em alguma, coisa e depois, já tendo pensado, forçar a si próprio a se sentar e escrever. É tudo. Levaria só três minutos para explicar isso e então a palestra acabaria e todos ficariam muito aborrecidos. Não posso imaginar por que as pessoas se interessam tanto em ouvir os autores falarem a respeito de escrever. Eu deveria ter pensado que o negócio do escritor é escrever e não falar.






ELOGIOS  &  CONSTRANGIMENTOS



Os Elefantes não Esquecem

Sir Walter, um homem muito simpático, elogiou os livros da Sra. Oliver com suficiente tato e finura, de maneira que ela não se sentiu constrangida ou intimidada. Mencionou duas ou três razões (que eram as certas) por que gostava dos livros dela, o que fez a Sra. Oliver concluir que os homens sabiam elogiar, enquanto as mulheres, querendo ser agradáveis, diziam coisas que a embaraçavam terrivelmente! 


É verdade que nem só as mulheres eram incômodas. Alguns moços nervosos, às vezes, escreviam cartas que a deixavam envergonhada! Lembrou-se de uma que havia recebido na semana anterior. “Lendo seu livro sei que a senhora deve ser uma grande dama!” Que significaria este comentário, depois de ter lido o Crime do Peixe Dourado?






AUTOIMAGEM



 
Zoe Wanamaker como Mrs. Oliver



Os Elefantes não Esquecem

Uma amiga estrangeira, em casa de quem se hospedara, definiu com maestria a situação. — Ouço você falar — disse Albertina, com seu delicado sotaque estrangeiro — como falou há pouco com o repórter, e vejo que você não se orgulha do seu trabalho. Você devia responder: “Sim, escrevo maravilhosamente; melhor do que qualquer escritor de histórias policiais!”

— Mas não é verdade! — exclamou a Sra. Oliver. — Sei que não sou péssima mas...

— Mas você não precisa negar. Deve dizer que se acha a melhor!



A Morte da Srª McGynty

A Sra. Oliver arregalou os olhos. Ela estava perdida num sonho nostálgico de sua casa. Paredes recobertas com pássaros exóticos e folhagens. A mesa de pinho, sua máquina de escrever, café bem preto, maçãs por todos os lados... Que bênção, que bênção gloriosa e solitária! Que erro imenso o de um autor de emergir de seu reduto secreto. Autores são tímidos, são criaturas arredias, reparando a sua falta de atitudes sociais com a invenção de seus próprios companheiros e suas próprias conversas.



Os Elefantes não Esquecem

Na realidade a Sra. Oliver não era modesta, nem humilde; achava simplesmente que suas novelas policiais eram bem urdidas e (no gênero) bem escritas; algumas eram melhores que outras, porém seria demais concluir delas que a escritora era uma grande dama. Simplesmente tinham uma grande aceitação pública.