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terça-feira, 6 de outubro de 2020

AGATHA E A IRMÃ LOUCA DA GRUTA EM CORBIN’S HEAD

 




AGATHA  CHRISTIE  E  HISTÓRIAS  ASSUSTADORAS  QUE  VIVENCIOU



Todos sabemos que um dos grandes méritos de Agatha Christie não é tão somente a construção de enredos surpreendentes de crime e mistério, mas, sim, seu espetacular talento para escrever! Seu domínio das Letras e da arte da palavra impressionam a todos que tenham, ou não, alguma noção de linguagem e literatura e, ainda, que gostem, ou não, de literatura policial. E este talento pode ser apreciado em demais escritos da autora, fora do universo das histórias detetivescas, como em suas narrativas cômicas ou sentimentais, as quais sempre cumprem o objetivo a que se propõem: divertir ou emocionar você.

Como é o caso de sua Autobiografia – para mim, um de seus melhores livros. E foi na Autobiografia que busquei duas histórias reais e sombrias para esta época em que se comemora o Halloween no mundo anglo-germânico. Reais porque aconteceram com a própria Agatha, conforme ela mesma nos conta. Sombrias porque envolvem acontecimentos assustadores. Mas muito divertidas, porque Agatha era assim: espirituosa em suas narrativas.

Eis aqui a primeira história.

O link para a segunda segue abaixo:

http://agathachristieobraeautora.blogspot.com/2020/10/agatha-e-o-misterioso-monstro-da-comoda.html 

 

 

Margareth, a irmã mais velha de Agatha Christie e a menina Agatha


A  IRMà LOUCA  DA  GRUTA  EM  CORBIN’S HEAD


Minha irmã fazia comigo uma brincadeira que me fascinava e ao mesmo tempo me aterrava. Chamava-se a brincadeira da irmã mais velha”. A tese era que, em nossa família, havia uma irmã mais velha do que Madge. Ela era louca e morava numa gruta em Corbin’s Head, e às vezes vinha até nossa casa. Na aparência, era impossível distingui-la de minha outra irmã, exceto pela voz, totalmente diferente. Era uma voz suave e untuosa, além de ser, igualmente, assustadora.

 

“Você sabe quem sou eu, não é mesmo, queridinha? Sou sua irmã Madge. Você não está pensando que sou outra pessoa, está? Você não iria pensar uma coisa dessas!”

 

Eu então sentia indescritível terror. É claro que sabia que era apenas Madge fingindo — mas será que era mesmo? Ou seria verdade? Aquela voz — aquele olhar de soslaio! Era minha irmã mais velha!


 

Foto do arquivo do Hospital Real de Bethlem - supostamente uma paciente internada como louca


Minha mãe se aborrecia. “Não quero que assuste a menina com essa brincadeira estúpida, Madge!” Madge respondia com toda a razão: Mas, mamãe, é ela quem pede!” Madge estava certa. Eu pedia. Dizia-lhe:

“Será que nossa irmã vai aparecer por aí?”

“Não sei. Você gostaria que ela viesse?”

“Sim, sim, gostaria...”

 

Gostaria realmente? Suponho que sim. Esse meu pedido nunca era satisfeito imediatamente. Dois, três dias depois escutava uma batida na porta da nursery e aquela voz:

“Posso entrar, queridinha? Sou sua irmã mais velha...”

Anos mais tarde, bastava ainda que Madge fizesse sua voz de “irmã mais velha” para que eu, imediatamente, sentisse um arrepio ao longo da espinha.

 

Grutas de Kent, em Torquay, onde Agatha viveu em sua infância


 

Por que gostava tanto da sensação do medo? Qual será a necessidade instintiva que se satisfaz pelo terror? Por que motivo, na verdade, as crianças gostam de histórias a respeito de ursos, lobos e bruxas? Será que habita em nós algo que se rebela contra uma vida com excessiva segurança? Será que é necessária à vida humana a sensação do perigo? Será que se pode atribuir o atual incremento da delinquência juvenil ao fato de existir “segurança” demais?

 

Menina Boo - personagem do filme "Monstros SA" da Pixar



Necessitamos instintivamente de algo a combater, a superar, como se fosse uma prova que quiséssemos dar a nós próprios? Se tirássemos o lobo do conto do Chapeuzinho Vermelho, alguma criança gostaria dessa história? Contudo, como acontece com a maior parte das coisas da vida, apreciamos ficar assustados — mas não demais...

 

* * * * * * * * * * * * * * * *

 

https://en.wikipedia.org/wiki/Caves_in_Devon


Devon Spalaeological Society:

http://www.devonss.org.uk/

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Halloween! - QUIZ Especial: A Noite das Bruxas


QUIZ  ESPECIAL  de  HALLOWEEN


!! Legal: NÃO tem ending spoiler !!

Este QUIZ baseia-se somente nos 3 primeiros
capítulos do livro, especialmente na festa de Halloween.

O que você acharia se fosse convidado(a) para uma festa de Halloween na casa de um amigo, e, durante os preparativos para a festa, uma garota tola e faladeira contasse para as pessoas, assim, por acaso, que uma vez ela testemunhou um assassinato, mas que só recentemente ela se dera conta de que aquilo que viu foi realmente um assassinato?

Acharia que ela estava inventando? Para chamar a atenção, talvez? Ou que tinha mesmo visto alguma coisa, mas que estava exagerando ou simplesmente se confundira com o passar do tempo? Você não daria muita bola para ela, não é mesmo?

Mas... e se essa mesma garota aparecesse assassinada ao final da festa, a cabeça afogada em um balde com água e maçãs, que fôra usado em uma brincadeira de Halloween?

É assim que começa A Noite das Bruxas (Hallowe’en Party, 1959), de Agatha Christie, no qual Ms. Oliver, a escritora de estórias policiais juntamente com seu amigo Hercule Poirot saem à caça do criminoso.

 
David Suchet como Poirot e Zoe Wanamaker como Mrs. Oliver


QUIZ: A NOITE DAS BRUXAS



1. Qual foi a verdadeira intenção da amiga de Mrs Oliver, Judith Butler, para convidá-la para a festa de Halloween?

A – Ela achou que Mrs. Oliver, como sendo uma pessoa famosa e respeitável, pudesse servir como álibi perfeito para um certo plano secreto que tinha.

B – Ela pensou que Mrs. Oliver, sendo fanática por maçãs, poderia ajudá-la a preparar um torta especial para o jantar da festa.

C – Ela costumava ter sonhos e pressentimentos sobre o futuro, e como sabia que alguém iria morrer, achou que a presença de Mrs. Oliver pudesse inibir o assassino em potencial.

D – Ela imaginava que talvez Mrs. Oliver, como escritora de romances policiais, pudesse ter alguma ideia interessante para as atividades da festa.


2. Como a Sra. Drake preferia chamar a festa de Halloween e qual a explicação para este outro nome?

A – Festa dos Mais de Onze, que remete aos alunos mais inteligentes da escola, capazes de ultrapassar aqueles que tem mais de 11 anos, e que são enviados para o curso secundário.

B – Festa para Onze, pois segundo a superstição, para neutralizar a maldição do dia das bruxas, grupos de onze crianças devem comer onze ameixas pretas do mesmo prato com as mãos, uma de cada vez.

C – Festa dos Mais de Onze, porque é a faixa etária dos jovens que estão deixando o ensino médio e podem participar das festas mais adultas, como a do dia das bruxas.

D – Festa dos Onze, porque, conforme a tradição, para acalmar os espíritos no dia das bruxas, onze crianças devem comer uvas passas até juntarem onze caroços, que devem ser atirados para trás por sobre o ombro esquerdo.


3. Várias brincadeiras típicas de Halloween aconteceram na festa, dentre elas:

A – Pesca às maçãs e caça à boneca de bruxa de palha.

B – Corte do bolo de farinha de trigo e dizer encantamentos à luz de velas.

C - Competição do cabo de vassoura e pesca às maçãs.

D - Dizer encantamentos à luz de velas e competição do nariz da bruxa.



4. No que consistia a brincadeira típica de Halloween realizada na festa, denominada boca-de-dragão?

A – Em um chapéu de bruxa, de veludo preto, que passava de mão em mão e dentro do qual as pessoas tinham alguns segundos para inserir a mão e tentar achar uma pequena moeda.

B - Em passas de uva ardendo num grande prato que deveria ser passado de mãos em mãos sem deixar cair, enquanto as pessoas tentavam pegar algumas das passas.

C – Em uma vasilha de ferro no formato de um tacho para preparar poções, repleto de um líquido gosmento e viscoso, dentro do qual as pessoas colocam a mão na tentativa de achar um anel.

D – Em uma bandeja repleta de velas acesas e com pequenas moedas douradas espalhadas, que ia passando de mão e mão, sendo que as pessoas tem que tentar pegar as moedas com cuidado para não se queimarem na chama das velas.



5. No que consistia a brincadeira típica de Halloween realizada na festa, denominada corte do bolo de farinha?

A – Em um bolo branco de farinha de trigo com alguns anéis de arame sem valor escondidos dentro dele e só um anel dourado de caveira, de modo que cada um deveria cortar uma fatia do bolo e tentar encontrar o anel de caveira.

B – Em uma bandeja com um bolo de farinha de trigo crua e bem comprimida, com um pequeno crucifixo no centro, de modo que cada um, com as mãos atadas nas costas, deveria tentar encontrar o crucifixo com a boca.

C - Em um bolo branco de farinha de trigo cortado em pedaços quadrados e arranjados em uma bandeja, sendo que somente um deles continha uma pequena chave para uma caixinha preta com uma surpresa dentro, que poderia ser boa ou ruim.

D - Em uma bandeja com um bolo de farinha de trigo crua e bem comprimida com uma moeda no topo, de modo que cada um deveria cortar uma fatia do bolo sem derrubar a moeda.

 
David Suchet como Poirot

6. Na brincadeira dos espelhos, após a Feiticeira pronunciar as palavras mágicas, o que as moças viram?

A - A imagem do homem com quem iriam se casar refletida sobre seus ombros.

B – A imagem de uma bruxa ou de um anjo, conforme fossem ter um destino bom ou ruim.

C – A imagem de uma cruz ou de um morcego, conforme fossem morrer de causas naturais ou fossem ser assassinadas.

D – A imagem de um homem ou de uma mulher, conforme seu 1º filho fosse um menino ou uma menina.


7. O que comentou Poirot discretamente com Mrs. Oliver ao assistir esses tipos de brincadeiras?

A – Ce n’est pass possible! É realmente espantoso como os ingleses podem ser primitivos às vezes.

B – Mon dieu! Ah, a juventude! Sempre tão alegremente inocente.

C – Poirot não assistiu as brincadeiras porque estava na sala de jantar.

D – Poirot não assistiu as brincadeiras porque não estava presente na festa.


8. Quantos anos tinha Joyce, a menina que contou para todos que vira um assassinato, e quantos anos ela tinha quando o testemunhara?

A – Ela tinha 11 anos e vira o assassinato quando tinha 7.

B – Ela tinha 13 anos e não tivera tempo de dizer quanto tinha quando vira o assassinato.

C – Ela tinha 13 anos e vira o assassinato aos 11.

D – Ela tinha 11 anos e ninguém sabe quantos tinha quando vira o assassinato.


9. Qual era a ocupação da Sra. Goodbody, que apareceu na festa como uma verdadeira feiticeira?

A – Ela era a viúva do jardineiro.

B – Ela preparava remédios à base de plantas.

C – Ela era a faxineira local.

D – Ela era lia o futuro na palma da mão e na borra de chá.


10. Ao lhe proporem arquitetar um assassinato de mentira na festa, para que todos pudessem brincar de tentar descobrir a identidade do assassino, Mrs. Oliver:

A – se recusou, alegando que já havia feito algo parecido uma vez e não fora muito bem sucedida.

B – achou a ideia genial, mas combinou que tudo ficaria em segredo até o momento certo para aumentar a surpresa.

C – se desculpou, dizendo que estava cansada demais para pensar e preferia desfrutar da festa como os outros convidados.

D – prometeu que pensaria no assunto, mas na verdade não gostava muito da ideia.


****************

RESPOSTAS:

1- D    

2- A

3- C

4- B

5- D

6- A

7- D

8- B

9- C

10 - A

domingo, 27 de outubro de 2013

Poirot: Bigodes & Bengala - O que Poirot tem a ver com St.Mary Mead?


Época de Halloween
algumas coisas estranhas que andaram acontecendo
no mundo de Agatha Christie...



O que Poirot tem a ver com a St. Mary Mead de Miss Marple?

Muito mais do que se imagina!


Coisas estranhas andaram acontecendo com St. Mary Mead. Além dos crimes obscuros narrados nos livros protagonizados por Miss Marple, outros fatos enigmáticos envolvem o pacato vilarejo criado por Agatha Christie.



David Suchet como Poirot
Antes mesmo do 1º livro no qual somos apresentados à Miss Marple, Assassinato na Casa do Pastor (Murder at the Vicarage), publicado em 1930, o vilarejo de St. Mary Mead já havia aparecido furtivamente em outras estórias. Até aí, nada de muito especial... exceto por um detalhe muito peculiar:  eram estórias que protagonizavam ninguém mais, ninguém menos que Monsieur Hercule Poirot!


Para começar, em O Mistério do Trem Azul (The Mystery of the Blue Train), publicado 2 anos antes de Assassinato na Casa do Pastor, o vilarejo de St. Mary Mead é mencionado algumas vezes. Em uma dessas vezes, por exemplo, lá no Capítulo 7, consta no envelope da carta endereçada à heroína da estória, Katherine Grey: em Little Crampton, St.Mary Mead, Kent. 


Já em O Assassinato de Roger Akroyd (The Murder of Roger Ackroyd) de 1926 (portanto, 4 anos antes de Miss Marple dar início as suas aventuras), a personagem Caroline Sheppard havia trabalhado como acompanhante de uma viúva idosa. Esta senhora morava em um pequeno vilarejo do interior, onde todos se conheciam pelo nome. E como se chamava o tal vilarejo? St. Mary Mead!



Porém, o fato mais curioso diz respeito a outra cidade, chamada de Market Basing. Trata-se de um local que aparece em diversas estórias diferentes protagonizadas por Hercule Poirot. E qual seria a localização de Market Basin? Pois ela se encontra a 12 milhas a oeste – novamente – do vilarejo de St. Mary Mead!


Muito embora estas coincidências e proximidades, todos sabemos que - a princípio e oficialmente - Hercule Poirot e Miss Jane Marple jamais se encontraram. Nem sequer tomavam conhecimento um da existência do outro. Certo? Hum.... será mesmo? 

Como diria sabiamente Miss Marple:
muitas coisas estranhas acontecem
em e com St. Mary Mead...


Joan Hickson como Miss Marple


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LIVROS & ENTRLINHAS - Sumiram com Poirot!!


Época de Halloween
coisas estranhas que aconteceram 
no universo da obra de Agatha Christie... 



Apresentando:

Hercule Jane Poirot-Marple



Margareth Rutherford como Miss Marple



Misteriosas acontecimentos tomaram conta da obra:


A Morte da Senhora Mcginty

(Mrs. McGinty’s Dead, 1952)
 
Não me refiro apenas ao fato de seu título ter sido modificado em algumas edições estrangeiras para Blood Will Tell (algo como O Sangue Falará). Afinal, esse tipo de mudanças nos títulos já havia se tornado fatos corriqueiros na história das publicações dos livros de Agatha Christie.

Refiro-me a uma outra categoria de enigma: aquela que permeia a mente de certos produtores de filmes baseados nas obras da escritora, e que os leva a aceitarem - ou até mesmo a solicitarem - as mas estranhas adaptações das estórias originais. Por que fazem coisas assim? Isto sim é um mistério...


E este tipo de evento enigmático e muito esquisito se abateu sobe A Morte da Senhora McgintyOcorre que, como bem se sabe, na estória original o famoso detetive belga Hercule Poirot, de posse de suas igualmente famosas células cinzentas, é quem desvenda todo o mistério e soluciona o crime para a miséria do assassino e para nossa grande satisfação.


Bigodes de gomalina 
X 
Pontos de Crochê

Porém, na versão produzida para as telas, primeiro modificaram o título original novamente, desta vez para Murder Most Foul (Um Assassinato Sujo). Como se não bastasse, o magnífico detetive Hercule Poirot simplesmente desapareceu!
Eis então que surge milagrosamente em seu lugar, ela, nossa igualmente querida detive Miss Marple como a heroína que desvenda o mistério no filme! 
Tudo bem, admito, ela foi brilhantemente interpretada por Margareth Rutherford, muito embora eu não seja particularmente uma apreciadora do estilo truculenta e trapalhona desta série de versões de Miss Marple, mas entendo que naquela época, isso tinha o seu valor.
De qualquer forma, para quem está habituado com a estória, que ficou uma adaptação esquisita, ficou.  

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Especial Halloween - A Noite das Bruxas - CAPAS que ASSUSTAM!


HALLOWE'EN  PARTY

A Noite das Bruxas

Escolha a CAPA mais ASSUSTADORA:  




 Um Gato Preto 
Uma moranga com olhos sinistros em chamas
Sombras fantasmagóricas na escuridão da noite 
Morcegos voando por entre árvores secas de galhos

retorcidos 
Um rasgo de nuvem deslizando e encobrindo

a Lua Cheia


Alguma dessas imagens lhe causa um frio na espinha?

Para celebrarmos o mês do Halloween, selecionei diversas capas de livros, DVDs, etc. de A Noite Das Bruxas (Hallowe'en Party) de Agatha Christie, inclusive de edições de países diferentes, para uma votação:


Em sua opinião, qual das capas de

A Noite das Bruxas é a mais

assustadora?

Confira abaixo as fotos das capas, faça a sua escolha em

seguida vote em 1 dos 3 grupos na enquete acima, na coluna da

direita do blog.


Participe!




grupo 1- as capas com Jack O’Lantern – é o nome daquela moranga com olhos e boca aterrorizantes


grupo 2- a famosa capa criada por Tom Adms – o mestre das capas de Agatha Christie nos anos 60 e 70


grupo 3- as outras capas

GRUPO 1 - CAPAS com Jack O’Lantern: 








GRUPO 2 - CAPA criada por
TOM ADMS:





 GRUPO 3 - OUTRAS  CAPAS: