UM TEMPO PARA BRINCAR,
OUTRO PARA SHAKESPEARE.
Agatha Christie e seu neto Mathew |
Autobiografia - Quarta parte
FLERTES, NAMOROS, PROCLAMAS, CASAMENTO
(Jogo
popular vitoriano)
Não há maior erro na vida do que ver coisas, ou escutá-las, em ocasião imprópria.
Shakespeare perdeu-se
para muita gente por
terem tido que
estudá-lo na escola:
Shakespeare deve ser apreciado no palco; ele escreveu para ser
visto. Aí pode-se admirá-lo mesmo
quando se é
muito jovem, muito
antes de podermos apreciar toda a beleza da sua
linguagem e da sua poesia.
Levei meu neto
Mathew para ver
Macbeth e As alegres comadres de Windsor,
em Stratford, quando ele tinha, acho, onze ou doze anos. Mathew gostou muito de
ambas as peças, embora seu comentário tenha sido inesperado. Virou-se para mim
à saída e disse em voz respeitosa:
“Se não soubesse antes que era
Shakespeare, jamais acreditaria”.
Isso era,
claramente, um testemunho
a favor de Shakespeare, e foi nesse sentido que o
tomei.
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