![]() |
Joan Hickson como Miss Marple |
PÉROLAS DE
SABEDORIA
DE MISS MARPLE
(parte 1)
(parte 1)
Ah,
nossa adorável velhinha detetive: uma hora doce, outra, mordaz; uma hora
atrapalhada, outra, sagaz; uma hora
frágil; outra, corajosa; uma hora enrubescendo modesta, outra, rindo-se
orgulhosa; uma hora dizendo-se uma tola, outra, a mais esperta entre todos!
Porém, há uma constante: Miss Marple é sempre sábia.
Porém, há uma constante: Miss Marple é sempre sábia.
Ao cumprir uma missão autoimposta – a de reler todos os livros e contos com Miss Marple –, fui anotando as sábias frases da velhinha, fossem conselhos, simples constatações, conversas ou pensamentos. Em seguida, organizei as frases em 14 temas distintos, os quais publicarei em 3 postagens:
PARTE 1: o que Miss Marple tem a nos dizer
sobre:
- ASSASSINOS
- CRIMES
- A NATUREZA HUMANA
- PROFISSÕES
PARTE 2: O que Miss Marple tem a nos dizer
sobre:
- RAPAZES & HOMENS
- MOÇAS & MULHERES
- OS JOVENS
- CASAMENTO
- FAMÍLIA
http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2018/04/miss-marple-cha-bolinhos-perolas-de_25.html
PARTE 3: O que Miss Marple tem a nos dizer
sobre:
- ALDEIAS E CIDADES PEQUENAS:
- MEXERICOS
- SI MESMA
- A VIDA
- PÍLULAS DE SABEDORIA
É
especialmente para você que é super fã de Miss Marple que eu dedico este
trabalho. E espero, é claro, que todos se divirtam tanto lendo e imaginado
nossa adorável velhinha dizendo estas coisas como eu me diverti fazendo a
pesquisa e produzindo estas postagens!
* * * *
* * * * * *
O
QUE MISS MARPLE
TEM A NOS DIZER SOBRE...
— Quem comete um
crime não teme cometer um segundo, teme? E até um terceiro.
— Uma coisa que
aprendi sobre assassinos é que eles não conseguem deixar as coisas como estão.
Pelo menos, não depois de cometer o segundo assassinato.
— Os assassinos
sempre acham difícil fazer as coisas pelo lado mais simples. Frequentemente
sentem prazer em seguir complicados roteiros, os quais são também
frequentemente sua perdição.
— Não
acredito que você seja um assassino porque você é um homem inteligente.
Utilizando seu cérebro pôde conseguir mais coisas sem se recorrer ao crime.
— Os
maridos são frequentemente os suspeitos óbvios, mas o óbvio é tão
frequentemente o certo.
— O problema é que as pessoas, isto é, algumas
pessoas são gananciosas. É assim muitas vezes que as coisas começam. No início
a pessoa não pretende cometer um assassinato, nem mesmo pensa nisso. Começa
apenas sendo gananciosa, querendo mais do que lhe está destinado.
— É fácil manter o
anonimato num trem.
— Se
um homem emprega uma fórmula que funciona... não para mais.
— Oh, sei que estão todos de sobreaviso e que a
polícia está tomando todas as precauções possíveis, mas sempre existe a
possibilidade de que o criminoso seja mais esperto do que eles.
— Alguém sempre vê alguma coisa.
Apenas, às vezes, leva um pouco de tempo para que perceba o que viu.
— Ele era
uma criancinha adorável em seu banho.
— Há uma linda fotografia do assassino de
Cheviot quando criança, no jornal de domingo
passado — disse Miss Marple.
— Quando a gente decide matar alguém, não desiste
só porque não deu certo na primeira tentativa. Ainda mais se tiver certeza de
que ninguém suspeita.
— Quando
um homem comete uma ação desta e tudo sai bem pela primeira vez se sente
inclinado a repetir. Vê por todos os lados facilidades; se considera um ser
inteligente. Assim é como chega à segunda edição de sua façanha. Ao final
aquilo se converte em um hábito. Escolhe
em cada ocasião cenários diferentes, adotando outros nomes. Mas seus crimes
apresentam muitos dados semelhantes.
— Você
acha que um criminoso deve ser um homem feliz?
— Em
minhas experiências, geralmente eles são.
— Esse assassino é um malvado, inspetor, e
os malvados não devem ficar impunes.
— É sempre a pessoa óbvia que cometeu o
crime. Pensa-se tão frequentemente
no marido ou na mulher e é muito frequente que seja o marido ou a mulher.
— O importante nestes casos de crime é
conservar um espírito absolutamente aberto. A maioria dos crimes, percebem, é
tão absurdamente simples!
— O
dinheiro é um motivo poderosíssimo!
— O crime, como eu
suspeitava, era realmente simples, muito simples. O mais simples possível. Há
tantos homens que matam as suas mulheres!
— Onde estava. Oh, sim, descrevendo a moça
morta e lamentando, pois é sempre triste ver uma vida tão nova ceifada tão cedo,
e pensando que quem tivesse feito
aquilo deveria ser uma pessoa muito má.
— Chantagem é uma coisa muito perigosa
de se fazer.
— Que coisa! Quase todos os dias havia
assaltos a bancos, trens, carros pagadores. O
crime parecia ter passado dos limites.
— Esconder qualquer peça de informação
é um crime muito grave!
— Não existe nada mais perverso do que
ofender a dignidade humana. Especialmente depois de ter cometido o crime.
— Assassinatos podem acontecer em
qualquer lugar. E acontecem.
— Coquetéis e copos de sherry não parecem poder provocar
acidentes.
— Eu confio e rezo para que ninguém mais seja morto. Mas isto ocorre
tão frequentemente. Isto é que é triste
e assustador. Acontece tão frequentemente.
— O
crime é sempre uma estupidez.
— Na verdade, todo mundo é muito parecido. Porém,
felizmente, talvez não percebam isso.
— Em
essência as pessoas são altamente crédulas.
— Receio
muito que, após observar a natureza humana durante tanto tempo, como eu, a gente
não espere muito dela.
— Estou apenas dando um conselho, porque já
vivi muito e sei como a natureza humana é desconcertante.
— Só sei que há
muito dinheiro em jogo, muito dinheiro, mesmo. E eu sei muito bem as coisas
terríveis que as pessoas fazem para pôr as mãos num monte de dinheiro.
— Qualquer pessoa
pode se enganar. Qualquer um, até mesmo você. Acho que não devemos nos esquecer
disso.
— O
caso está encerrado e as pessoas já se esqueceram de tudo. A memória humana é muito
breve, felizmente.
— Todas essas
coisas diferentes que as pessoas dizem... e pensam. O que elas veem... ou
pensam que veem. E tudo tão complexo, porque quase tudo é sem importância, e é
muito difícil descobrir se alguma coisa tem realmente importância... como achar
uma agulha num palheiro.
— Cada um tem seus
talentos especiais. Era apenas uma questão de usá-los.
— Os filhos de Lúcifer quase sempre são
belos. E, como sabemos, florescem como o loureiro verdejante.
— Eu não chamaria
de premonição. Tinha fundamento... essas
coisas geralmente têm, embora na hora nem sempre se perceba.
— A natureza humana, minha cara, é exatamente igual
em todos os lugares. A única diferença é que se torna mais difícil observá-la
atentamente numa cidade grande.
— As pessoas são
capazes, sim, minha querida. É muito triste, é horrível, mas elas são capazes.
As pessoas fazem coisas terríveis.
— Os seres humanos são muito mais
vulneráveis e sensíveis do que se pensa.
— A sensação de rejeição, de ter sido
ferido, de não pertencer a ninguém. É uma coisa que não se supera simplesmente
por causa de vantagens materiais. É o tipo da coisa que cria ressentimentos.
— Se além da
maluquice a pessoa tem um coração duro, então é o diabo.
— A dificuldade neste caso é que todo
mundo tem sido crédulo e ingênuo demais. Não se pode simplesmente dar-se o luxo
de acreditar em tudo que as pessoas nos dizem.
— Quando há algo de suspeito, nunca
acredite em nada! Sabe, conheço muito a natureza humana.
— Ninguém acredita mais em mágicos, nem que
de repente possa surgir alguém que transforme uma pessoa em rã por meio de uma
varinha de condão. Mas quando se lê no jornal que injetando certas glândulas os
cientistas são capazes de alterar os tecidos vitais e provocar a manifestação
de características típicas de uma rã, bem, aí todo mundo acredita.
— Temos sempre tendência a confiar nas
pessoas e a acreditar no que dizem que são.
— Naturalmente,
todos pareciam pessoas decentes, agradáveis. Não pareciam as pessoas prováveis, mas nunca se pode afirmar, não
é?
—Tudo que posso dizer é que os vitorianos conhecem muito a natureza
humana.
— A verdade é que a maioria das pessoas... e
não excluo os policiais... confia demais neste mundo mau. Acreditam no que lhes
dizem. Eu não.
— Quando se trata de alguém realmente perverso, não se
pode afirmar nada.
— Estou certa de que isso os divertia muito,
se é o que procuravam. Manter o povo a distância, de modo que não fossem
incomodados pelo que os senhores devem chamar de “matronas”. No entanto, as matronas também
têm suas utilidades.
— Há tanta gente
de bom coração que não tem a mínima sensatez.
— Quando eu
acho que alguém tem um olho esquisito é porque é uma pessoa que olha para a
gente sempre de frente, sem piscar nem desviar a vista.
— As pessoas mais insuspeitas fazem
coisas... Você não imagina a sensação que foi, na minha cidade, quando se descobriu
que o tesoureiro do Clube de Natal apostou todo o dinheiro do clube num cavalo.
— Há sempre esperança quanto à natureza
humana.
— As pessoas
não podem dizer tudo o que sabem à polícia, não é mesmo?
— Sempre achei
esses médicos jovens muito novidadeiros. Fazem a gente arrancar todos os
dentes, tomar uma porção de remédios estranhos e acabam por nos tirar as
tripas, antes de confessar que não sabem o que a gente tem.
— Está
claro que não se deve dar ouvidos a mexericos de empregados.
— Nestes
hotéis grandes as empregadas sabem de coisas que determinados hóspedes não
gostariam que se divulguem. Com tal motivo, elas dão umas gorjetas esplêndidas
e até os presentes em dinheiro.
— Não há
que negar que o melhor caminho para se chegar ao coração de uma cozinheira é
elogiar as massas que ela faz.
— Hoje
em dia, com a falta de empregadas que há, é realmente facílimo colocar alguém
onde a gente quer. As empregadas mudam de emprego a toda hora.
— Acho que os médicos levam uma vida muito nobre e
cheia de altruísmo.
— Serviçais
devotadas estavam fora de moda. Se você ficasse doente mesmo, poderia encontrar
uma enfermeira de hospital caríssima e só depois de procurar muito; ou então
podia ir para o hospital.
— Como
a ciência é maravilhosa hoje em dia. Os médicos podem fazer tanta coisas, não
é?
— Obviamente
chegava um tempo em que os oculistas, a despeito de suas luxuosas antessalas,
instrumentos ultramodernos, luzes intensas que jogavam dentro dos olhos e os altos
preços que cobravam, não adiantavam muito mais.
— O
divórcio, se posso dizer isto, parece ser uma segunda natureza dos artistas de
cinema.
— Os
médicos jovens são todos iguais. Tomam a sua pressão e qualquer que seja o seu
problema, você acaba sempre com alguma das variedades de novas pílulas
produzidas em massa. Rosas, amarelas, marrons. A medicina, hoje em dia, é
exatamente igual a um supermercado. Tudo está embalado.
— Muitas
secretárias e empregadas são apaixonadas pelos maridos de suas patroas, mas,
poucas, muito poucas, tentam envenená-las.
— É
estranho como algumas pessoas parecem nunca gostar de mudar de trabalho e
querem continuar fazendo sempre a mesma coisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário