Curiosidades - E viveram felizes para sempre!

Max  &  Agatha

Max Mallowan e Agatha Christie

Como é misterioso o encadeamento das

coisas que nos acontecem na vida,

não é mesmo?

Alguns meses após o divórcio de seu primeiro marido, Archibald Christie, em 1928, Agatha Christie resolveu fazer uma viagem para espairecer, com destino a algum lugar diferente. Assim, ela embarcou no trem Expresso do Oriente e rumou para o Baghdad, no Iraque. Ela já havia feito um passeio em terras árabes, e provavelmente imaginou que poderia reviver momentos prazerosos por lá. 

(Leia mais detalhes neste blog sobre a história fascinante deste luxuoso trem que inspirou uma de suas mais famosas obras: Assassinato no Expresso do Oriente, em: http://agathachristieobraeautora.blogspot.com.br/2013/07/curiosidades-o-expresso-do-oriente.html )

 

Férias Chatas para uma Escritora Famosa

Porém, o que prometia ser férias cheias de aventuras, mostrou-se como uma enfadonha repetição das atividades da alta sociedade inglesa com a qual a escritora estava tão acostumada em sua terra natal: jogar tênis e participar de jogos de bridge ou encontros de damas para o chá. Agatha Christie, no entanto, sabia que uma excitante escavação arqueológica esta em curso na cidade bíblica de Ur, ao Sul do Iraque.

Nessas horas, ser uma escritora adorada pelos seus leitores valeu a pena, pois a esposa do arqueólogo chefe era sua fã, e fez questão de lhe facilitar as coisas. Assim, ela pôde desfrutar de um a longa estada no local das escavações, bem como de todos os novos ares dos quais viera em busca: o exotismo das comidas, dos costumes, das pessoas nativas, etc.



Agatha Christie em escavações em Petra

 

A Semelhança entre Arqueólogos e Detetives

Como se não bastasse todas estas novidades excitantes, Agatha Christie se viu diante de um assunto do qual entendia muito bem – e o qual muito apreciava. Trata-se da linha tênue que intermedeia o trabalho arqueológico com o de um detetive: a investigação de um mistério ocorrido no passado distante a partir de parcas pistas, que vão sendo lentamente desenterradas das areias.

A escritora ficou exultante com estas novas atividades. Em vista disso, aceitou satisfeita o convite para retornar ao local de escavações um ano depois. E foi então que o destino lhe reservou uma grata surpresa!
 



Casal Mallowan

 

O Jovem e Bonito Arqueólogo 

 

Max Mallowan 

Em sua segunda visita ao campo de escavações, lá estava o jovem e bonito arqueólogo Max Malowan, que fora especialmente designado para acompanhar a famosa escritora e lhe explicar tudo o que fora descoberto durante o último ano.

Imagino que certamente estes foram dias muito agradáveis para ambos. E, quando Agatha Christie foi inesperadamente chamada de volta à Inglaterra devido a uma emergência familiar, Max Mallowan mostrou-se, desde o início, antes de tudo um grande amigo e insistiu em acompanhá-la.

Resultado: casaram-se seis meses depois!



Casal Mallowan

 

... Então, se casou e se mudou.

A vida do casal Mallowan sempre foi descrita como um casamento de companheirismo, de respeito mútuo, de amor sincero, e também recheado de aventuras. A escritora acompanhava seu marido aos sítios arqueológicos e participava ativamente das atividades ligadas às expedições, como ajudar com a limpeza e restauração dos artefatos, além de ter se especializou em fotografar as escavações.

Porém, a maior contribuição de Agatha Christie – e provavelmente o mais excitante para ela mesma – era advinda de traços peculiares de sua personalidade. Nas palavras de Max Mallowan:

ela possuía uma mente meticulosa, olhos aguçados e uma paciência inesgotável,

o que lhe permitia ajudar na reconstrução das cerâmicas quebradas em mil fragmentos – algo instigante como montar um quebra cabeças.
 




Minha foto favorita do idoso Casal Mallowan.

 

E lá se vão: Max  &  Agatha.

O casamento de Max e Agatha constituiu uma parceria que perdurou por 45 anos de amor e compreensão mútuos, até o falecimento da escritora, em 12 de janeiro 1976. Como é sabido, o tempo que passou no Oriente ao lado de seu marido serviu como inspiração para muitos de seus livros.

Mas este precioso período serviu também para trazer à escritora tempos de paz, tranquilidade e alegrias após os acontecimentos traumáticos pelos que passou pouco antes de conhecer Max. E tudo por causa de uma viagem inocente de férias.

Nunca se sabe realmente as surpresas maravilhosas que podem nos aguardar a cada esquina. Mas isso é uma coisa que só os otimistas – e os românticos – irão descobrir!