Agatha Christie com seu neto, Mathew Prichard |
PARA MEUS AMIGOS, COM AMOR...
E ALGUNS ASSASSINATOS TAMBÉM
Mathew
Prichard, o neto de Agatha Chrsite, publicou uma série de artigos no site
oficial (link ao final) dedicado à obra de sua avó, relembrando eventos familiares,
falando de fatos interessantes e compartilhando conosco curiosidades acerca de
Agatha e de seus livros.
Ele
costumava chamá-la carinhosamente de “vozinha”,
ou “nima”, em inglês, e é
exatamente assim que Mathew continua se referindo à Agatha em seus textos. Então,
vamos a mais uma história interessante sobre a nossa querida Vozinha:
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Agatha Christie e seu marido, o arqueólogo Max Mallowan |
INSPIRADA PELA
ARQUEOLOGIA
Por
Mathew Prichard
“Encontro com a Morte” e “Morte
na Mesopotâmia” foram criados
a partir dos arredores das próprias escavações arqueológicas. O primeiro
é baseado [na cidade de] Petra e
foi apelidado de “Rose Red
Murder” [“O Assassinato Vermelho
Rosa”], e o segundo gira em torno [da cidade de] Chagar Bazar e [da cidade de] Ur.
Ambos os livros contêm muitos personagens vagamente baseados nos
amigos de Vozinha e Max e nos ajudantes arqueológicos de Max, e,
aparentemente, os livros, quando eles
apareceram, foram avidamente analisados
pelos participantes. “Assassinato na Mesopotâmia” é de fato dedicado a "meus muitos amigos arqueológicos no Iraque e na Síria". Nem todos ficaram satisfeitos, mas não se sabe se isso foi
porque as pessoas insatisfeitas foram ou
deixaram de ser caracterizadas nos livros!
Sem
dúvida, a tour
de force [façanha] entre os escritos orientais de Vozinha foi “E no final a morte”
(escrito em 1943 quando eu nasci!). Esta é uma história ambientada no antigo Egito com personagens
antigos egípcios e é sóbria e
introspectiva, com uma família que cai desordem quando Imhotep,
um padre viúvo e um rico agricultor da
antiga Tebas, importa uma nova e inteiramente maléfica concubina chamada Nofret.
O livro é cheio de assassinatos violentos, envenenamentos astuciosos e intrigas. Ele apresenta uma pesquisa impecável,
realizada com a ajuda de um velho
amigo de Max chamado Stephen Glanville, e é
particularmente inteligente porque, embora haja autenticidade o bastante para transportar o leitor de forma convincente de volta a antiga Tebas, a
intriga e o enredo certamente não
estariam deslocados no século XX. Sem Hercule Poirot nem Miss
Marple, este livro nunca foi famoso,
nem vendeu rapidamente, mas eu acho que
é uma das melhores realizações de Vozinha.
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