segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Poirot: Bigodes & Bengala - OS COLABORADORES DE POIROT



  AO  LADO  DE  TODO  GRANDE  DETETIVE  
HÁ  SEMPRE  GRANDES  AMIGOS!  



Da esquerda para a direita: 
Pauline Moran (como Miss Lemon); Hugh Fraser (como Cap. Hastings); David Suchet (como Hercule Poirot); Philip Jackson (como Inspetor Japp)



Que Hercule Poirot é um gênio ninguém duvida! Mas, como qualquer herói, também o detetive belga precisou muito da ajuda de amigos, colegas e de outras pessoas para resolver seus casos misteriosos. Fosse para de fato lhe trazerem dados preciosos, fosse para tão somente testemunharem as elucubrações de suas células cinzentas, os colaboradores de Poirot desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento das tramas. Afinal, acompanhar o raciocínio de um gênio não é tarefa fácil! Especialmente em se tratando de um gênio cheio de excentricidades como Poirot.



   CAPITÃO ARTHUR HASTINGS   


Hugh Fraser (como Cap. Hastings) e David Suchet (como Hercule Poirot)



Quando pensamos em “amigos ajudantes” de Hercule Poirot, o 1º nome que nos vem à mente é o do Capitão Arthur Hastings. Afinal, amigos de longa data, os dois participam de muitas aventuras lado a lado, investigando e solucionando crimes. O Cap. Hastings é, inclusive, o narrador de vários casos de Poirot: 8 romances e 26 contos, para ser mais exata, incluindo, é claro, o mais comovente de todos: o último caso de Hercule Poirot, Cai o Pano.

Por vezes incomodado com as esquisitices do amigo, outras confuso com a rapidez de seu pensamento, todavia, sempre, sempre surpreso com o brilhantismo com o qual resolve os casos mais intrincados, Hastings tornou-se mais que um auxiliar de Poirot: foi seu melhor amigo, sem dúvidas. A principal contribuição de Hastings no processo de resolução dos casos foi uma das mais complexas: ainda que involuntariamente, ao provocar o raciocínio do amigo através de suas deduções quase sempre erradas, Hastings auxilia Poirot em seu processo de dedução lógica e, assim, a chegar a conclusões corretas. Deste modo, através de seus enganos, Hastings colaborou muito para os acertos de Poirot.


Outros artigos sobre Cap. Hastings nesta blogazine:

* Cap. Hastings: um grande romântico
* Cap. Hastings: um gentleman muito charmoso


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   FELICITY  LEMON   



David Suchet (como Hercule Poirot) e Pauline Moran (como Miss Lemon)


Quem tem um(a) secretário(a) sabe: nossa vida seria caótica sem ele(a)! Felicity Lemon, que fora secretária do detetive Parke Pine antes de servir o detetive belga (saiba mais no link abaixo), não poderia ser mais perfeita para Poirot! Muito metódica e apaixonada por organização, ela almejava criar o sistema perfeito de arquivo. E qualquer pessoa que seja metódica, organizada e que busque a perfeição em qualquer coisa torna-se automaticamente um ajudante perfeito para Poirot.

Descrita como um bocado de ossos que foram reunidos aleatoriamente, Miss Lemon também era considerada nos livros como inacreditavelmente feia e incrivelmente eficiente. Na série Poirot, da BBC, ela não era assim tão feia – pelo contrário! A atriz Pauline Moran estava sempre bela e elegante (confira no link abaixo). Todavia, a parte da eficiência foi repetida no seriado com exatidão. Reunião de informações úteis para Poirot, pequenas investigações e outras tantas tarefas desempenhadas com perfeição auxiliaram bastante o detetive em seu trabalho.


Outros artigos sobre Miss Lemon nesta blogazine:

* O maravilhoso guarda-roupa de Miss Lemon:

* Eficiência = Miss Lemon:


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   INSPETOR  JAPP   


Philip Jackson (como Inspetor Japp) e David Suchet (como Hercule Poirot)


Uma relação de mútua admiração, mas também de mútua irritação: por um lado, o membro da Scotland Yard acusa Poirot de “gostar de dificultar as coisas” durante as investigações, por outro, o detetive acusa Japp de ser “um homem sem método”. Mas o fato é que Poirot e Japp se conhecem há anos e chegaram a trabalhar juntos ainda na época em que Poirot integrava a polícia belga. Eles se reencontram no 1º caso de Poirot, O Misterioso Caso em Styles, e depois novamente em algumas histórias e contos.

Descrito como um homem prático, eficiente, de rosto afiado, que faz lembrar o ferrão de um inseto, James Japp esteve ao lado de Poirot na investigação de vários crimes, desempenhando seu papel como representante da Scotland Yard, e suas contribuições com informações e atos policiais foram fundamentais para que o detetive solucionasse os casos.

Mais sobre o Inspetor Japp nesta blogazine:

* 9 Rápidos Fatos sobre o Inspetor Japp:


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   MRS.  OLIVER   


David Suchet (como Hercule Poirot) e Zoe Wanamaker (como Mrs. Oliver)


Com seus “ombros largos”, “cabelos grisalhos e rebeldes” e completamente viciada em maçãs, Ariadne Oliver é uma escritora de romances policiais de sucesso. Grande amiga de Poirot, por mais que esta pareça ser uma amizade inusitada, Mrs. Oliver acredita fortemente na intuição feminina, em detrimento das células cinzentas e da racionalidade do amigo detetive, o que o deixa perplexo por vezes, por outras confuso e por outras mais, contrariado.

Seja como for, juntos, ainda que com abordagens e métodos diferentes, eles se envolvem em diversas aventuras ligadas a crimes e mistérios e os resolvem a contento.


Outros artigos sobre Mrs. Oliver nesta blogazine:

* Mrs. Oliver seria a própria Agatha Christie?

* Ariadne conta tudo! (parte 1) Sobre: a arte de escrever e a construção de personagens.

* Ariadne conta tudo! (parte 2) Sobre: assassinos, assassinatos e suas vítimas.

* Ariadne conta tudo! (parte 3) Sobre pessoas.

* Ariadne conta tudo! (parte 4) Sobre a timidez de Agatha Christie.



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   GEORGE, O VALETE   


David Yelland (como George) e David Suchet (como Hercule Poirot)


George, ou Georges, como Poirot o chamava, não é um mordomo – ele é o seu valete: aquele empregado masculino cuja função é a de servir exclusivamente ao seu senhor em tarefas como cuidar de suas vestimentas, objetos pessoais e toalete, de suas refeições, sua correspondência e de outros assuntos pessoais. Contratado por Poirot logo que Miss Lemon deixou de ser sua secretária e o Cap. Hastings se mudou para a Argentina, George ficou ao lado do detetive até o fim de sua vida.

Alto, cadavérico e sem demonstrar qualquer emoção, George era o típico empregado inglês de alto nível. Esnobe, ele possuía bom conhecimento acerca da aristocracia britânica, fornecendo importantes informações para Poirot a respeito de seus modos e hábitos (afinal, Poirot era belga). O detetive também apreciava muito o dom que George possuía de descrever as pessoas com precisão.


Outros artigos sobre George nesta blogazine:

* George: a culpa não é do mordomo!



4 comentários:

  1. Muito bacana o seu trabalho... nós fãs da dama do crime agradecemos!!!

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  2. Ótima matéria e blog.

    Não sei se já tem, mas se não, poderia fazer uma matéria comparando o Poirot com a Miss Marple?

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    1. Obrigada, Fábio! Já escrevi um artigo apresentando a clássica comparação entre Poirot e Sherlock, mas Poirot com Miss Marple ainda não. Gostei muito da sugestão: vou trabalhar nela!

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