Oba! Primeira participação de 2015 na seção Palavras
de Fã. Vejam que relato legal do Gabriel dos Santos Birkhann, que começou sua jornada de fã bem cedo.
Ah, e também tem ao final um
poema em homenagem a nossa Rainha do Crime que você não pode deixar de ler! Eu
particularmente adorei! Parabéns, Gabriel!
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Gabriel dos Santos Birkhann |
Era o ano de 2007.
Eu estava começando a
5ª série (atual 6º ano) e o meu gosto pela leitura começava a ficar maior
depois de “Harry Potter”.
Numa das vezes em que fomos até a Biblioteca da escola,
procurando um livro para ler, encontrei um livro escrito por uma mulher chamada
Agatha Christie (que um colega pronunciava como “a gata Christie”) e decidi
pegá-lo.
Uma professora (que no momento estava na biblioteca!), eu
lembro até hoje, perguntou para mim se minha mãe deixava (eu nem tinha 12
anos!) que eu lesse “esse tipo” de livro (com crime), e respondi que sim,
afinal qual outra resposta caberia, não sabendo a resposta e sabendo que uma
negativa provavelmente não convenceria a professora?
[De qualquer forma, eu estava tão disposto a ler o livro,
que teria inclusive voltado lá para pegá-lo com a bibliotecária às escondidas
(digo: depois do fim do dia de aula!).]
Então, por fim, peguei o livro e quando comecei a lê-lo
senti que haveria de gostar e muito do livro e de sua autora. E de fato, isso
aconteceu.
“Assassinato no Expresso do Oriente” (resisto à tentação de
colocar um “o” antes) de fato foi uma boa leitura, e a adequada para que eu
entrasse de vez no mundo da Dame Agatha, que foi leitura após leitura me
conquistando.
Depois eu li vários outros como “O Assassinato de Roger
Ackroyd” (que final!), “Convite para um homicídio” (que título atrativo!) e o
“E Não Sobrou Nenhum” (basicamente me recuso a aderir ao politicamente
correto (sic) e burro) que confirmaram o dom de narrativa (escrita) de Agatha
Christie.
Se hoje eu ainda leio (o “ainda” colocado por muitos terá
tom depreciativo...!) Agatha Christie?
Mas é claro! (A releitura de “Morte na Praia” – mesmo
sabendo o final- me aguarda...!).
E você, mon cher ami (isso me lembra alguém...!), como
conheceu “A Rainha do Crime”?
Gabriel dos Santos Birkhann
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P.S: Minha mãe me contou um dia que essa professora, um
pouco depois, perguntou a ela (minha mãe) sobre os livros que eu andava lendo.
Essa professora tinha a melhor das intenções, e não era daquelas intenções que
enchessem o inferno.
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P.S II: Um poema (spoilers a depender do leitor) em
homenagem à Dame Agatha:
Jogando baralho o crime compensa?
Convidando a morte ela aceita?
Nos ares se mata tal como na terra?
E no Egito e na Inglaterra?
E se você que conta a trama tiver empunhado a adaga?
Se a cada respirada o verde exala?
E se o alfabeto contar tua morte?
E nos três atos houve suspense veneno e morte?
E o teu álibi é o jantar ou um duplo ali está?
E se no Caribe o crime for te encontrar?
Tudo tens na mão e se fores esperto
Antes dos detetives tu acharás a solução
Gabriel dos Santos Birkhann
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