ESPECIAL SETEMBRO 2013:
MÊS de ANIVERSÁRIO de
AGATHA CHRISTIE
AGATHA CHRISTIE
Agora, o Fã é quem fala!
Todo nós, que somos fãs, já
experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período
quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções
que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o
primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei
vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte
pergunta: como se tornou fã de Rainha do
Crime.
Neste relato, Júnia Santos compartilha conosco a trajetória que a levou a se tornar uma grande fã de Agatha Christie, bem como um trecho de sua obra, sempre inspiradora.
****************************
Aprender a ler foi como descortinar uma outra
dimensão em minha vida, lembro da minha alegria de poder
''decifrar'' e anúncios e outdoors pelas ruas. Não tinha acesso a livros,
até que um dia me levaram a uma biblioteca. Uau! Que alegria me deparar com uma
''casa'' de livros, de todos os jeitos. Lembro que devorei os livrinhos para
minha idade rapidinho e comecei a ler livros mais avançados (Hemingway,
Tolstói e ....) peguei um livro com uma capinha até meio sem graça de uma
tal Agatha Christie! Minha Nossa Senhora do livrinho genial! Foi qualquer
coisa de sensacional! O livro foi '' O assassinato de Roger Ackroyd'', fiquei
entre besta com a originalidade e indignada com a hora que que a
autora fez com a minha cara, kkk. Nem preciso dizer que li todos os livros dela
que tinha na biblioteca e ao longo da vida fui descobrindo outros e
hoje qualquer pessoa que me conhece um tantinho, já sabe dessa
minha admiração, não só pela obra dela, como também pela pessoa
incrível que desvendamos a cada dia! Sem dizer que ela
também é responsável por nos apresentar esse seres maravilhosos, que permeiam
os livros ( Poirot , Hastings, Miss Marple,Henry Clitering ,Comandante Battle,
Ariadne Oliver... ) e posso dizer com franqueza que algumas citações de
outros livros nos livros dela, me aguçaram a curiosidade de ler clássicos
ingleses, com Shakespeare!
Sim , pensou ela, aquilo sim era o desespero.Uma
coisa fria, uma coisa de frieza e solidão infinitas. Até então, nunca
compreendera que o desespero era uma coisa fria.Pensara nele como uma
coisa quente e apaixonada, uma coisa violenta, um desespero de sangue quente.
Mas não era assim. Isso era o desespero, -essa escuridão exterior e total feita
de frieza e solidão. E o pecado do desespero, de que os padres falavam ,
era um pecado frio, o pecado de afastar-se de todos os contatos quente e
humanos.''
Nenhum comentário:
Postar um comentário