ESPECIAL SETEMBRO 2013:
MÊS de ANIVERSÁRIO de
AGATHA CHRISTIE
AGATHA CHRISTIE
Agora, o Fã é quem fala!
Todo nós, que somos fãs, já
experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período
quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções
que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o
primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei
vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte
pergunta: como se tornou fã de Rainha do
Crime.
Hoje, o compatriota inglês de
Agatha Christie, Hugh Stephens, nos
conta o que, ou melhor, quem o levou a se tornar um grande fã de nossa querida
escritora. Hum, quem será esta pessoa....
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Como uma brasileira ensinou um inglês a gostar de Agatha Christie
Eu sou inglês, nascido em Manchester,
e moro há 14 anos no Rio de Janeiro, Brasil. Eu
certamente sabia da existência de Agatha Christie desde pequeno nos tempos de
escola. Todavia, são tantos os escritores e poetas ingleses ou irlandeses,
escoceses, norte americanos, australianos, sul africanos, que são considerados importantes, que o nome
de todos eles ficou retido em minha memória, mas a Sra. Agatha Christie não era
a que eu tinha o costume de ler. Na época em que vim para o Brasil trabalhar em pesquisas em uma universidade brasileira, eu tive o prazer
de conhecer uma colega da mesma universidade, a Professora Christy, esta brasileira
apaixonada por Agatha Christie, especialista em literatura inglesa e norte
americano, e que lecionava justamente literatura inglesa na Faculdade de Letras da mesma universidade. Não me
envergonho de dizer que Christy entende e conhece muito mais sobre os escritores e os poetas
de meu país e sobre literatura em geral do que eu mesmo jamais vou conseguir conhecer
um dia! Minha amiga logo ficou muito decepcionada quando descobriu esta minha deficiência, ou seja, minha britânica ignorância. Bem, para tentar ganhar uns pontinhos com ela e também, tenho que admitir, devido ao meu orgulho inglês,
para que eu não ficasse tão por baixo, decidi ler um livro qualquer de Agatha
Christie e lhe pedi que me indicasse um. Sabiamente, ela me emprestou Ten Little Niggers. Desde então,
tornei-me um grande fã e adepto da literatura detetivesca, especialmente dos livros de
Agatha Christie. Passei a frequentar o Clube de Leitura e Detetives, coordenado
pela Christy, e acabei influenciando muitos de meus colegas de
trabalho e amigos, brasileiros e de outras nacionalidades, a lerem a Rainha do Crime. E foi assim que uma brasileira, muito simpática
e culta, dona do sorriso mais bonito que eu já vi em minha vida, ensinou a um inglês muito tolo e orgulhoso a apreciar a maior escritora
inglesa de estórias de mistério: Agatha Christie.
H. Stephens.
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