terça-feira, 17 de setembro de 2013

Palavras de Fã - Participação Especial: Hugh Stephens




ESPECIAL  SETEMBRO 2013:

MÊS de ANIVERSÁRIO de

AGATHA CHRISTIE



Agora, o Fã é quem fala!

Todo nós, que somos fãs, já experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte pergunta: como se tornou fã de Rainha do Crime.

Hoje, o compatriota inglês de Agatha Christie, Hugh Stephens, nos conta o que, ou melhor, quem o levou a se tornar um grande fã de nossa querida escritora. Hum, quem será esta pessoa....

 

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Como uma brasileira ensinou um inglês a gostar de Agatha Christie

Eu sou inglês, nascido em Manchester, e moro há 14 anos no Rio de Janeiro, Brasil. Eu certamente sabia da existência de Agatha Christie desde pequeno nos tempos de escola. Todavia, são tantos os escritores e poetas ingleses ou irlandeses, escoceses, norte americanos, australianos, sul africanos,  que são considerados importantes, que o nome de todos eles ficou retido em minha memória, mas a Sra. Agatha Christie não era a que eu tinha o costume de ler. Na época em que vim para o Brasil trabalhar em pesquisas em uma universidade brasileira, eu tive o prazer de conhecer uma colega da mesma universidade, a Professora Christy, esta brasileira apaixonada por Agatha Christie, especialista em literatura inglesa e norte americano, e que lecionava justamente literatura inglesa na Faculdade de Letras da mesma universidade. Não me envergonho de dizer que Christy entende e conhece muito mais sobre os escritores e os poetas de meu país e sobre literatura em geral do que eu mesmo jamais vou conseguir conhecer um dia! Minha amiga logo ficou muito decepcionada quando descobriu esta minha deficiência, ou seja, minha britânica ignorância. Bem, para tentar ganhar uns pontinhos com ela e também, tenho que admitir, devido ao meu orgulho inglês, para que eu não ficasse tão por baixo, decidi ler um livro qualquer de Agatha Christie e lhe pedi que me indicasse um. Sabiamente, ela me emprestou Ten Little Niggers. Desde então, tornei-me um grande fã e adepto da literatura detetivesca, especialmente dos livros de Agatha Christie. Passei a frequentar o Clube de Leitura e Detetives, coordenado pela Christy, e acabei influenciando muitos de meus colegas de trabalho e amigos, brasileiros e de outras nacionalidades, a lerem a Rainha do Crime. E foi assim que uma brasileira, muito simpática e culta, dona do sorriso mais bonito que eu já vi em minha vida, ensinou a um inglês muito tolo e orgulhoso a apreciar a maior escritora inglesa de estórias de mistério: Agatha Christie.

H. Stephens.

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