terça-feira, 24 de setembro de 2013

Palavras de Fã - Participação Especial: Vera Lima


 
ESPECIAL  SETEMBRO 2013:
MÊS de ANIVERSÁRIO de 

AGATHA CHRISTIE







Agora, o Fã é quem fala!

Todo nós, que somos fãs, já experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte pergunta: como se tornou fã de Rainha do Crime.

 
Hoje, Vera Lima, com uma dose de humor, nos conta como foi que se tornou fã de Agatha Christie e também um pouco de suas desventuras com a pronúncia do nome de Poirot. (Quem nunca o pronunciou errado, que atire a primeira pedra!)

 

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Meu primeiro contato com Agatha (olha a familiaridade) foi a partir de livros alheios. Minha tia tinha uma enorme coleção de livros da Agatha, acho que era uma coleção completa, pelo menos no que diz respeito aos romances policiais. Mas eu confesso que não tinha a menor curiosidade porque não gostava muito de estórias de detetive.

 

Até que conheci Sebastião, que eu chamava de Sebastian, um negro lindo, inteligente, simpático, que era motorista na casa da minha tia. Sim, eu sou a prima pobre da família, e sim, tive sempre um fraco por, digamos, pessoas do gênero masculino pertencentes à etnia afro-americana. Mas estamos nos desviando do foco.

 

Sebastian era leitor assíduo de Agatha e insistia em indicar os livros dela. Relutante, apenas pra ter assunto com Sebastian corri à estante de titia e peguei qualquer volume sem nem olhar o título. Nem lembro que livro era esse. Foi tão boa a leitura que não parei mais de ler e apreciar romances policiais.

 

Sebastian ficou esquecido no tempo como uma vaga lembrança, algo moreno jambo escuro e aquele sorriso branquíssimo. Já Agatha eu visito e revisito sua obra policial e cada vez o prazer se renova. Até porque nunca lembro quem é o assassino, então, cada releitura tem sabor de novidade e de espanto.

 

Quando terminei de ler meu primeiro livro da Agatha, encontrei Sebastian ansiosa e orgulhosa pra comentar o livro, o assassino, a trama. E disse, já toda íntima da literatura de Agatha: - adorei o detetive Hércules Póiroti. Tanto esforço pra demonstrar que estava à altura de Sebastian...

Vera Lima



 

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