ESPECIAL SETEMBRO 2013:
MÊS de ANIVERSÁRIO de
AGATHA CHRISTIE
Agora, o Fã é quem fala!
Todo nós, que somos fãs, já
experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período
quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções
que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o
primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei
vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte
pergunta: como se tornou fã de Rainha do
Crime.
Neste relato, Julia Helena nos conta como se tornou
uma grande fã de Agatha Christie depois que fez uma viagem a Torquay, terra
natal da escritora.
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DESCOBERTA ACIDENTAL de AGATHA CHRISTIE
Eu não só adoro viajar como
também trabalho neste ramo. Assim, em 2002, quando eu estava fazendo uma viagem
pelo Sul da Inglaterra, fui parar em Torquay, que é onde nasceu Agatha
Christie. Naquela época, eu não era uma fã dela, sabia que ela existia, talvez
tivesse lido ou começado a ler algum livro dela, confesso que não tinha a menor
lembrança disso, e talvez também tivesse visto algum filme, não tinha certeza. Bem,
Agatha Christie era para mim completamente indiferente naquela época. Porém, praticamente
tudo em Torquay gira em torno dela: os hotéis,
as pousadas, as igrejas, as praças, as ruas, as lojas antigas, os prédios
antigos, a estação de trem, as praias, a marida, os piers, todos têm alguma
estória pra contar relativa a ela, alguma coisa que Agatha Christie fez em sua
vida naquele lugar. Me lembro que tinha um café que vendia salgados e
sanduiches, e os nomes eram nomes de livros dela. Assim, você tinha que pedir
um Assassinato no Campo de Golfe sem
tomate e com maionese, ou tinha que perguntar o se dava para preparar um E Não Sobrou Nenhum sem ovos. Era
engraçado! Além disso, para onde você olhava
pela cidade, tinha uma placa de metal grande com uma foto de Agatha Christie no
centro e o nome do local. As vezes, tinha até a explicação do que aquele lugar
tinha a ver com ela.
Bem, o fato é que é impossível ir
a Torquay e não dar uma olhadinha pelo menos em um livro de Agatha Christie. Eu
e uma de minhas amigas ficamos curiosa para saber o que que ela tinha de tão
especial, e compramos um livro, o único que encontramos de uma edição
portuguesa, para ler, que era o Morte no
Nilo. Eu fiquei tão presa a estória, tão intrigada com o mistério, que não
queria sair do quarto do hotel até acabar de ler! Minha amiga que também quis
ler não ficou assim tão entusiasmada, mas leu tudo também, e a outra ficou
danada da vida porque teve que passear sozinha enquanto eu lia o livro. Depois
disso, foi uma consequência automática eu me tornar uma grande fã. É pena
porque se eu já fosse fã antes de ter ido a Torquay, acho que eu teria curtido
mais e melhor o lugar. Eu Mac prestava a atenção no que Agatha Christie tinha
feito nos lugares, pois já estava acostumada a ver a plaquinha com seu rosto
por todos os lados. Mas não tem problema não: um dia eu vou voltar lá e aí
então eu vou curtir muito todas aquelas coisas que só depois eu fiquei sabendo
direito que Agatha Christie fez por lá.
Julia Helena Andrade
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