terça-feira, 24 de setembro de 2013

Palavras de Fã - Participação Especial: Julia Helena







ESPECIAL  SETEMBRO 2013:
 
MÊS de ANIVERSÁRIO de

AGATHA CHRISTIE


 
 
  
Agora, o Fã é quem fala!

Todo nós, que somos fãs, já experimentamos esta curiosa trajetória entre o escuro sem graça do período quando desconhecemos um artista, e o fascinante mundo multicolorido de emoções que se descortina diante de nós depois que o conhecemos. Sabendo disso, para o primeiro tema da nova seção desta Revista-blog – Palavras de Fã – convidei vários fãs de Agatha Christie a responderem em poucas palavras a seguinte pergunta: como se tornou fã de Rainha do Crime.

Neste relato, Julia Helena nos conta como se tornou uma grande fã de Agatha Christie depois que fez uma viagem a Torquay, terra natal da escritora.


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DESCOBERTA ACIDENTAL de AGATHA CHRISTIE
 


Eu não só adoro viajar como também trabalho neste ramo. Assim, em 2002, quando eu estava fazendo uma viagem pelo Sul da Inglaterra, fui parar em Torquay, que é onde nasceu Agatha Christie. Naquela época, eu não era uma fã dela, sabia que ela existia, talvez tivesse lido ou começado a ler algum livro dela, confesso que não tinha a menor lembrança disso, e talvez também tivesse visto algum filme, não tinha certeza. Bem, Agatha Christie era para mim completamente indiferente naquela época. Porém, praticamente tudo em Torquay  gira em torno dela: os hotéis, as pousadas, as igrejas, as praças, as ruas, as lojas antigas, os prédios antigos, a estação de trem, as praias, a marida, os piers, todos têm alguma estória pra contar relativa a ela, alguma coisa que Agatha Christie fez em sua vida naquele lugar. Me lembro que tinha um café que vendia salgados e sanduiches, e os nomes eram nomes de livros dela. Assim, você tinha que pedir um Assassinato no Campo de Golfe sem tomate e com maionese, ou tinha que perguntar o se dava para preparar um Caso dos Dez Negrinhos sem ovos. Era engraçado!  Além disso, para onde você olhava pela cidade, tinha uma placa de metal grande com uma foto de Agatha Christie no centro e o nome do local. As vezes, tinha até a explicação do que aquele lugar tinha a ver com ela.

Bem, o fato é que é impossível ir a Torquay e não dar uma olhadinha pelo menos em um livro de Agatha Christie. Eu e uma de minhas amigas ficamos curiosa para saber o que que ela tinha de tão especial, e compramos um livro, o único que encontramos de uma edição portuguesa, para ler, que era o Morte no Nilo. Eu fiquei tão presa a estória, tão intrigada com o mistério, que não queria sair do quarto do hotel até acabar de ler! Minha amiga que também quis ler não ficou assim tão entusiasmada, mas leu tudo também, e a outra ficou danada da vida porque teve que passear sozinha enquanto eu lia o livro. Depois disso, foi uma consequência automática eu me tornar uma grande fã. É pena porque se eu já fosse fã antes de ter ido a Torquay, acho que eu teria curtido mais e melhor o lugar. Eu Mac prestava a atenção no que Agatha Christie tinha feito nos lugares, pois já estava acostumada a ver a plaquinha com seu rosto por todos os lados. Mas não tem problema não: um dia eu vou voltar lá e aí então eu vou curtir muito todas aquelas coisas que só depois eu fiquei sabendo direito que Agatha Christie fez por lá.

Julia Helena Andrade

 

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